União Europeia recebe cada vez menos pedidos de asilo

  • ECO
  • 22 Setembro 2017

Pelo terceiro trimestre consecutivo, os Estados-membros da Europeia receberam menos pedidos de asilo. Alemanha e Itália são os países que registam mais processos.

Foram 149.000 as pessoas que pediram asilo, no segundo trimestre deste ano, pela primeira vez à União Europeia, representando uma redução 11% comparado com os três primeiros meses do ano. Os números revelados esta sexta-feira pelo Eurostat dão conta de um decréscimo nos pedidos pelo terceiro trimestre consecutivo.

Primeiros pedidos de asilo registados nos Estados-membros

 

O país que registou mais candidaturas foi a Alemanha, com 28% dos pedidos, seguindo-se a Itália com 23% e França, com 14%. Entre os países com mais de 2.000 pedidos de primeiro asilo, as maiores descidas face ao trimestre anterior registam-se na Grécia, com menos 36%, e na Alemanha, com menos 14%.

Dos 145 países de origem apurados, a nacionalidade síria continua a predominar nos registos da Eurostat, com 21.100 de candidaturas de asilo feitas pela primeira vez. Seguem-se os nigerianos, com 9.800 dos pedidos, os afegãos com 9.700 solicitações, e os iraquianos com 9.300 pedidos. Apenas oito nacionalidades ocupam cerca de metade dos registos.

Fonte: Eurostat

No que toca aos pedidos pendentes, o instituto de estatística avança que no final de junho deste ano, 958.300 solicitações ainda estavam sob consideração das autoridades nacionais, 13% abaixo do registado em período homólogo. Mais uma vez a Alemanha detém o destaque, com 474.500 pedidos pendentes. Itália segue com 134.300 pedidos sem conclusão.

Em Portugal foram recebidos 110 casos de primeiro asilo no segundo trimestre deste ano, sendo que 65 estão relacionados com migrantes da República Democrática do Congo, 25 casos dizem respeito a asilo da Ucrânia, e os restantes 20 têm como país de origem o Congo. Com a nova lei da imigração, que dá acesso a vistos apenas com uma promessa de contrato de trabalho, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras registou um aumento de 1.300% de novos casos de vistos de residência, após terem entrado no sistema 4.073 pedidos no espaço de uma semana. No dia seguinte, Passos Coelho admitiu estar a planear uma revogação das alterações em questão.

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