TV é a principal fonte de acesso a notícias em Portugal
A TV domina, mas as redes sociais "têm um peso expressivo nos hábitos noticiosos dos portugueses", sendo que 13,3% dizem ser esta a sua principal fonte de notícia.
A televisão continua a ser a principal fonte de acesso a notícias em Portugal, enquanto na Internet os telefones inteligentes (‘smartphones’) ganham terreno ao computador, concluiu o Reuters Digital News Report 2017 hoje divulgado.
“A televisão continua a ser um pilar fundamental no quotidiano informativo dos portugueses, sendo utilizada por 54,5% dos inquiridos, ganhando 2,0 pontos percentuais face a 2016”, enquanto a “Internet surge em segundo lugar com 31,5%, descendo 3,2 pontos percentuais” face ao ano passado, refere o estudo.
O Reuters Digital News Report 2017 é o sexto relatório anual do Reuters Institute for the Study of Journalism e o terceiro a contar com informação sobre Portugal, tendo como parceiro estratégico o OberCom – Observatório da Comunicação, que colaborou na conceção do questionário para o mercado português.
O estudo refere que, em termos de pagamento por notícias, “mais de um terço dos inquiridos adquiriram algum jornal em papel na semana anterior à da resposta ao inquérito e cerca de 10% efetuaram algum pagamento por notícias ‘online’ durante o último ano”.
A análise, coordenada em Portugal por Gustavo Cardoso, Miguel Paisana e Ana Pinto Martinho, investigadores da OberCom e membros do CIES-IUL, conclui ainda que o país “continua a ser dos onde mais se confia nas notícias”.
As redes sociais “têm um peso expressivo nos hábitos noticiosos dos portugueses”, sendo que 13,3% dizem ser esta a sua principal fonte de notícia, contra 11,8% em 2015 e 15,9% em 2016.
“Se tivermos em conta o acesso a redes sociais em geral (e não apenas enquanto fonte principal de notícias), verificamos que 62% dos inquiridos utilizam este recurso, ou seja, os portugueses recorrem a redes sociais para aceder a notícias, mas esta ainda não é a sua principal forma de acesso”, refere o estudo.
O Facebook destaca-se no acesso a notícias em Portugal, com mais de metade (54,3%) a afirmar que usa a rede social, seguida da plataforma de ‘streaming’ Youtube.
“Note-se que o Facebook tem vindo a perder utilizadores, em termos de consumo noticiosos”: em 2015, 67% dos inquiridos afirmavam utilizar ssa rede para se informar, sendo que no ano passado caiu para 62,7%.
“O dispositivo mais utilizado para aceder a notícias é o ‘laptop/desktop PC, seguido do ‘smartphone’, que continua a ganhar um peso significativo na relação dos portugueses, não só com as notícias, mas com a Internet em geral”, aponta, explicando que “a tendência observada nos três anos da análise indica que o PC está a perder importância, neste quadro de análise, com o ‘smartphone’ a ganhar cada vez mais importância”.
Em 2017, mais de dois terços (66,6%) dos inquiridos disse utilizar o computador para aceder a notícias e mais de metade (51,4%) afirmou recorrer ao ‘smartphone’.
No que respeita à confiança em notícias, em geral, “verificamos que os portugueses continuam a destacar-se face aos restantes países inquiridos, embora nestes três anos tenha vindo a decrescer (58,4% dos inquiridos dizem, em 2017, confiar em notícias – em 2015 esse valor era de 66% e em 2016 de 59,6%)”.
O inquérito que serve de base a este projeto foi aplicado a mais de 70 mil indivíduos em 36 países. No caso de Portugal, o inquérito de 2017 foi foi aplicado pela YouGov a uma amostra representativa da população portuguesa, tendo sido inquiridos este ano um total de 2.007 indivíduos.
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