Ex-embaixador americano regressa a Lisboa, para o Novo Banco

Robert Sherman foi embaixador dos EUA em Portugal até janeiro deste ano. Vai agora regressar, pela mão do fundo Lone Star, para o Conselho Geral e de Supervisão do Novo Banco.

O fundo Lone Star já escolheu os membros do novo Conselho Geral e de Supervisão do Novo Banco e, entre eles, estará Robert Sherman, até janeiro passado o embaixador dos Estados Unidos em Portugal, apurou o ECO junto de fontes que estão a acompanhar o processo. O novo conselho, composto na integra por estrangeiros, será liderado pelo Byron Haynes, enquanto António Ramalho vai manter-se como presidente executivo.

A escolha de Sherman, advogado de profissão, é uma surpresa e aguardava-se ainda, nas últimas horas, a sua aprovação da Autoridade de Supervisão Europeia, que valida os nomes de todos os administradores de bancos europeus. Foi embaixador dos EUA em Portugal nos últimos três anos, indicado por Barack Obama, e foi protagonista de momentos de intervenção pública de apoio a Portugal, por exemplo na sequência da vitória no campeonato europeu de futebol em França.

Como o ECO já revelou, além de Byron Haynes, o Lone Star indicou para Conselho Geral de Supervisão do Novo Banco o seu número dois na Europa: Donald Quintin. Quintin passou pelo Merryl Lynch antes de chegar ao Lone Star. Benjamin Dickgieβer, diretor do departamento de aquisições na Europa do Lone Star e membro do Conselho de Administração do banco alemão IKB, detido pelos próprios norte-americanos mas cuja venda está para breve, e ainda Kambiz Nourbakhsh, ex-Goldman Sachs, são os outros dois nomes indicados.

Do Conselho, falta conhecer apenas um nome, e ficará outro em aberto, que deverá ser preenchido até ao final do ano, apurou o ECO.

Para a concretização da venda do Novo Banco ao Lone Star, só falta agora o ‘closing’ do negócio, que poderá suceder na próxima terça-feira ou no dia seguinte. Esta semana, a Direção Geral da Concorrência europeia (DGComp) aprovou formalmente o plano de negócios para o Novo Banco, os remédios e os auxílios públicos, particularmente a garantia de 3,9 mil milhões de euros e a injeção de capital do Estado se os reforços de capital se revelarem insuficientes para manter os rácios de solvabilidade dos bancos.

O Lone Star compra o Novo Banco, instituição que resultou da medida de resolução aplicada ao BES em agosto de 2014, comprometendo-se a injetar 1.000 milhões de euros até final do ano.

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