Filiais francesas geram mais valor acrescentado entre empresas estrangeiras
As filiais com origem francesa contribuíram somaram um quarto da receita obtida através do valor acrescentado bruto (VAB) cobrado às empresas estrangeiras -- um total de 5 milhões.
As 6.360 filiais de empresas estrangeiras a operar em Portugal em 2016 geraram um valor acrescentado bruto (VAB) de 19,4 mil milhões de euros, destacando-se França como país de origem, com um peso de 25,5%.
Segundo as estatísticas da globalização do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgadas esta segunda-feira, “o país predominante” no ano passado em termos de VAB – resultado final da atividade produtiva no decurso de um período determinado – foi França, com perto de cinco mil milhões de euros e um peso de 25,5% face ao total.
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Neste período, o país ultrapassou Espanha, que se tornou líder em 2010, acrescenta o INE. De acordo com o INE, em 2016 existiam 6.360 filiais de empresas estrangeiras a operar em Portugal, o correspondente a 1,7% do total das sociedades não financeiras. Esta percentagem manteve-se inalterada face a 2015.
No ano passado, o VAB destas empresas ascendeu a 19,4 mil milhões de euros. Para o montante total, contribuiu, essencialmente, o setor da Informação e Comunicação. Ainda assim, os setores da Agricultura e Pescas, Indústria e Energias e dos Transportes e Armazenagem registaram uma evolução positiva de 2015 para 2016, nota o INE.
Em 2016, cerca de 75% das filais estrangeiras eram controladas por empresas sediadas em estados-membros da União Europeia, com destaque para Espanha, França e Alemanha. Espanha foi o “país de origem do controlo de capital com maior peso em termos do número de filiais”, ao atingir 24% do total (menos 1,5 pontos percentuais face a 2010), refere o INE.
No setor empresarial não financeiro em 2016, estas filiais estrangeiras representavam 25,6% do volume de negócios, 24,7% do VAB total e 15,1% do pessoal ao serviço (com mais de 420 mil funcionários pessoas). Em 2015 estas percentagens eram de 25,3%, 24,7% e 15,2%, respetivamente.
Ao mesmo tempo, as filiais estrangeiras registaram no ano passado taxas de crescimento nominais de 3% no volume de negócios, de 5,5% no VAB e de 2,9% no pessoal ao serviço. Neste período, as sociedades nacionais registaram crescimentos de 1,8% nas taxas de crescimento nominais, de 5,3% no volume de negócios e de 3,4% no pessoal ao serviço.
Relativamente às filiais estrangeiras com perfil exportador, concentraram 35,9% do VAB do total das filiais estrangeiras em 2016.
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