Rui Vilar: “Não contem com a Caixa para aventuras”

  • Rita Atalaia
  • 1 Novembro 2017

O presidente do conselho de administração da CGD diz que o banco tem agora uma "base sólida", mas lembra que a instituição financeira ainda tem de superar "algumas etapas duras".

“Não contem com a Caixa para aventuras.” A afirmação é de Emílio Rui Vilar. O presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) refere que o banco estatal tem agora uma “base sólida” e um plano estratégico em curso, mas ainda tem de superar alguns obstáculos. Uma posição que é partilhada por Paulo Macedo. O presidente executivo da CGD defende que a Caixa tem agora capacidade para apoiar as empresas, mas “sem cometer os erros do passado”.

“Temos agora sólidas condições de base, um plano estratégico em concretização, cujos primeiros resultados positivos já são visíveis, mas há ainda um caminho muito exigente para percorrer, com algumas etapas duras de cumprir”, afirma Rui Vilar no VIII Fora da Caixa, onde se debateu o tema “Das Infraestruturas ao Turismo de Qualidade”. E acrescenta: “A confiança que os portugueses sempre têm demonstrado na sua relação com a CGD, mesmo durante o período de maior turbulência, tem agora acrescidas razões para se manter e consolidar”.

Temos agora sólidas condições de base, um plano estratégico em concretização, cujos primeiros resultados positivos já são visíveis, mas há ainda um caminho muito exigente para percorrer, com algumas etapas duras de cumprir.

Emílio Rui Vilar

Presidente do conselho de administração da CGD

O presidente do conselho de administração da CGD refere ainda que o banco público “está recapitalizado através de uma operação de volume inédito no nosso país e de acordo com as exigências das autoridades europeias”. Salienta que a CGD “dispõe de níveis de liquidez que lhe permitem responder positivamente aos bons riscos de crédito e, assim, apoiar o investimento e as necessidades correntes das empresas bem como no tradicional apoio à habitação das famílias”.

A posição de Rui Vilar é partilhada por Paulo Macedo. O presidente executivo refere que, “quer em termos de capital próprios, quer em termos de liquidez, claramente a Caixa tem disponibilidade para financiar as empresas e as famílias na Madeira e em Portugal”. Mas sem “cometer erros do passado”.

Macedo realça ainda que tem também de haver um esforço por parte das empresas. “Há um trabalho que as empresas têm de fazer”, como disponibilizar mais informação. “Há uma assimetria de informação”, que dificulta a concessão de financiamento, já que dificulta a boa perceção dos riscos por parte da banca.

Crescimento da economia é importante para as empresas

Paulo Macedo está otimista em relação à economia portuguesa. Uma recuperação que vai acabar por se refletir nas empresas. “Estamos a crescer pelo quarto ano consecutivo”, o que é “claramente positivo”, diz o presidente da CGD, realçando ainda a melhoria da confiança dos consumidores e das empresas.

“Temos uma conjuntura portuguesa favorável, mas também temos uma conjuntura internacional favorável”, nota. E, se esta recuperação continuar, isto também se vai refletir nas taxas de juro, nota. “Isto é muito importante para as empresas.”

“Se acho que já foi tudo feito? Isso penso que ninguém acha”, diz Macedo. Mas as taxas de juro e o crescimento da economia criam uma conjuntura para negócios “muito mais favorável”.

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