Reunião da OPEP arrancou. Petróleo já sobe 1,5%

As cotações do "ouro negro" aceleram a subida registada desde o arranque da sessão. Mercado aguarda que OPEP estenda por mais nove meses corte da produção de petróleo.

O petróleo segue em alta nos dois lados do Atlântico, com o preço da matéria-prima a acelerar as subidas registadas desde o arranque da sessão. O preço do barril de Brent acelera 1,5%, em Londres, suportado pela expectativa de que na reunião da OPEP desta quinta-feira saia uma extensão do corte de produção de “ouro negro” para além de março do próximo ano.

O petróleo negociado em Londres — referência para as importações nacionais — é o que mais ganha nesta sessão. O preço do barril de Brent valoriza 1,62%, para os 64,13 dólares, para máximos de três semanas. Já o crude soma 0,92%, para os 57,83 dólares, no mercado de Nova Iorque.

Petróleo em alta

Fonte: Bloomberg

Estas subidas acontecem por ocasião do arranque da reunião dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com outros produtores, incluindo a Rússia, de onde o mercado antecipa possa resultar um prolongamento até ao final de 2018 dos cortes de produção de petróleo de modo a reequilibrar o mercado. Todos os sinais suportam essa possibilidade, com vários responsáveis da organização já a assumirem que o resultado da reunião será uma extensão de mais nove meses nos cortes de produção inicialmente acordados no final de 2016.

Tanto a Arábia Saudita, como o Iraque e o Irão — os três principais produtores de petróleo — já revelaram que defendem uma extensão por esse prazo. “A minha preferência vai para os nove meses”, afirmou aos jornalistas Al-Falih, ministro da Energia e da Indústria da Arábia Saudita, na abertura da reunião de Viena, acrescentando que “é prematuro falar acerca de uma saída“, deste programa de cortes de produção.

"Não iremos tirar o pé do travão até que o leque dos inventários estejam ao nível em que os mercados estão saudáveis e o investimento está a regressar.”

Al-Falih, ministro da Energia da Arábia Saudita

Por sua vez a Rússia, que é o maior produtor fora da esfera da OPEP a juntar-se nesse acordo, também concorda que os cortes de produção devem durar pelo menos até ao final do próximo ano, diz a Bloomberg com base em informações dadas pelos delegados presentes no encontro desta quinta-feira em Viena.

Para além de ser quase certa uma extensão até final de 2018 do acordo, o cartel petrolífero planeia ainda reunir-se em junho para reavaliar esse plano. “Não iremos tirar o pé do travão até que o leque dos inventários estejam ao nível em que os mercados estão saudáveis e o investimento está a regressar”, disse ainda Al-Falih.

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