Centeno à entrada do Eurogrupo decisivo: “Portugal é um bom exemplo”
À entrada da reunião do Eurogrupo onde Mário Centeno vai disputar o lugar de presidente, o ministro das Finanças sublinhou que a sua candidatura traz uma agenda de consensos.
“Portugal é um bom exemplo”, disse Mário Centeno, perante os jornalistas, à entrada da reunião do Eurogrupo onde vai lutar pelo lugar de presidente dos ministros das Finanças do Euro, esta segunda-feira. O governante português sublinhou que se apresenta “com uma agenda de forte consenso para alimentar o bom momento da zona euro” e que a economia portuguesa é um bom exemplo da construção de entendimentos.
“Apresentei a minha candidatura de forma muito construtiva para gerar consensos no Eurogrupo”, disse o ministro português, lembrando a “agenda muito desafiante” que os países da moeda única têm pela frente. “Apresento-me com uma agenda de forte consenso para alimentar o bom momento da zona euro”, reforçou, colocando como objetivo “mostrar que é possível atingir consensos” e “trabalhar com outras instituições e parceiros”, caminho este de que “Portugal é um bom exemplo.”
"Apresento-me com uma agenda de forte consenso para alimentar o bom momento da zona euro (…) Portugal é um bom exemplo.”
Questionado sobre se uma eventual vitória dará trunfos ao sul da Europa, Centeno recusou olhar para a questão dessa forma. “Não gosto de me apresentar assim [como o candidato do sul]”, defendeu. “Vir do sul, do norte, do este ou do leste, não é bem o meu propósito como candidato”, frisou.
Aos jornalistas portugueses, Centeno explicou que procurou que a sua candidatura estivesse sustentada por uma “plataforma que permitisse avanços significativos na área do euro” e que será esse o seu objetivo, caso vença. Mostrou-se “confiante”, tendo por base os “contactos, reuniões e o diálogo” que tem vindo a manter e revelando que o trabalho foi feito primeiro junto dos países com governos sociais-democratas, e depois com os restantes governos.
“Vamos viver um momento de democracia na Europa”, afirmou. “É muito importante que no fim, quando chegarmos a um resultado, todos tenhamos a disponibilidade para reafirmar que o resultado reflete a opinião dos 19 membros do Eurogrupo”, frisou, desejando que no caso de a reunião se revelar longa, que esse seja apenas um indicador de que “está a ser muito viva e participada.”
E baixou as expectativas quanto a uma eleição à primeira volta: “O primeiro objetivo é participar, estar presente e transmitir aos colegas a minha opinião sobre como vejo a condução do Eurogrupo e as políticas que se desenham na Europa”, disse, embora o seu objetivo seja “obviamente ganhar.”
(Notícia atualizada)
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