Portugal registou mais empresas e um maior volume de negócios em 2016

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2017

O Banco de Portugal refere que a maioria das entidades são microempresas. No entanto apenas representaram 16% do volume de negócios gerado em 2016. Já as grandes empresas foram responsáveis por 40%.

Cerca de 418 mil empresas operavam em Portugal em 2016, um aumento de 0,6% face a 2015, divulgou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP), falando num acréscimo de 2,1% do volume de negócios.

De acordo com a análise setorial das sociedades não financeiras em Portugal feita pelo BdP relativamente ao período entre 2012 e 2016, do total de empresas, “nove em cada dez eram microempresas, tendo estas gerado 16% do volume de negócios agregado”.

Por seu lado, “as grandes empresas geravam 40% de negócios, apesar de constituírem apenas 0,3% das empresas”, observa a mesma entidade.

Quanto aos setores, três quartos das empresas estavam associadas aos serviços e ao comércio, ainda que, quanto à faturação, assumiam maior destaque as companhias do comércio (38%) e da indústria (25%).

Ao todo, eram 418 mil empresas com atividade no país no ano passado, mais 0,6% do que em 2015, mas ainda assim “uma variação inferior à registada” no ano anterior.

O BdP assinala que, em 2016, “o aumento do número de empresas verificou-se apenas na classe das microempresas”, já que no caso das pequenas e médias empresas e das de maior dimensão “foi criada uma empresa por cada três que cessaram atividade”.

“A agricultura e pescas e os outros serviços foram os únicos setores cujo número de empresas em atividade aumentou em 2016”, precisa aquela instituição.

O volume de negócios total das companhias a funcionar no país em Portugal teve um acréscimo de 2,1% face a 2015, sendo mais notório no caso das pequenas e médias empresas (4,7%).

O BdP dá conta de que o peso das micro e pequenas e médias empresas aumentou ligeiramente entre 2012 e 2016 no que toca ao volume de negócios, que foi de mais 0,5 e 1,5 pontos percentuais no ano passado.

Em termos setoriais, este aumento em 2016 foi mais significativo nas empresas de agricultura e pescas, nos serviços e no comércio (6%, 4% e 3%, respetivamente).

O setor da construção foi o único com uma diminuição do volume de negócios, de menos 2%.

O BdP justifica que “o aumento do volume de negócios das empresas deveu-se maioritariamente à variação do mercado interno”, realçando, contudo, que “dois terços das empresas cujo volume de negócios cresceu aumentaram também as suas exportações”.

No ano passado, seis em cada 100 empresas integravam o setor exportador, tendo uma representatividade de 34% do volume de negócios total.

As que mais exportavam eram, essencialmente, da área da indústria (15%).

Relativamente aos gastos associados à atividade operacional, cresceram 1,7% em 2016, destacando-se as despesas com o pessoal (mais 4,5%).

Aludindo à estrutura financeira, o BdP indica que a autonomia média das empresas era de 32%, sendo que os restantes 68% dos ativos das companhias era financiado por capitais alheios.

O BdP adianta que 28% das empresas apresentavam ainda, em 2016, capitais próprios negativos.

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