Fecho da Ricon deixa 580 no desemprego. Câmara de Famalicão tenta recolocar trabalhadores noutras empresas

Paulo Cunha reconhece que a situação é preocupante, mas diz que a Câmara já está a tentar recolocar os funcionários da Ricon noutras empresas têxteis da região. Fecho da Ricon coloca 580 no desemprego

A Câmara de Famalicão está preocupada com o futuro dos perto de 600 trabalhadores da Ricon, empresa que deverá fechar depois do administrador de insolvência considerar que, sem a parceria com a Gant, “empresa não é economicamente viável”.

Contactado pelo ECO, o presidente da autarquia de Famalicão, demonstra preocupação e revela que “está a ser criada uma retaguarda social de modo a ajudar os trabalhadores da Ricon que venham a necessitar”.

Paulo Cunha admite ainda estar a trabalhar junto do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) no sentido de “realojar noutras empresas — felizmente o concelho tem muitas e boas empresas — do setor para minimizar as consequências do desemprego”.

O presidente da Câmara diz que apesar dos funcionários da têxtil — que tem duas fábricas em Famalicão — já terem sido notificados, a situação não é ainda definitiva.

O que se sabe é que o relatório do administrador de insolvência propõe o fecho da empresa, mas serão os credores da empresas nas assembleias gerais que devem começar amanhã e prolongar-se até quinta-feira, que irão decidir o futuro da Ricon“, refere.

Paulo Cunha reconhece que os funcionários já foram contactados por carta no sentido da cessação de contrato, mas adianta que: “a empresa ainda não está extinta”.

Questionado de como é que a empresa chegou a esta situação, Paulo Cunha refere: “Pelo que sei as causas são muitas, mas a quebra nas encomendas por parte do seu maior cliente, nomeadamente a Gant que absorvia mais de 70% das encomendas do grupo será a causa principal”.

O relatório do administrador de insolvência, Pedro Pidwell, de que o Jornal de Notícias deu conta esta segunda-feira, defende o fecho da empresa, pois sem a parceria com os suecos da Gant, a empresa não é economicamente viável.

O administrador de insolvência diz ainda que o grupo detentor da Gant recusou todas as soluções que permitissem a viabilização da Ricon. Entre as possíveis soluções estava a entrada dos suecos diretamente na empresa lusa, a entrada de investidores terceiros e ainda a restruturação da dívida.

A primeira assembleia de credores está agendada para a próxima terça-feira. A banca é o maior credor com mais de 16 milhões de euros, a que se seguem os suecos com 5 milhões de euros.

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