Nokia duplica perdas em 2017. Razão? A compra da concorrente

A empresa finlandesa viu os prejuízos quase duplicarem no ano passado, com um aumento de 96%. Fusão com a Alcatel-Lucent foi um dos principais motivos para as quedas.

A finlandesa Nokia viu as suas perdas praticamente duplicarem em 2017, atingindo os 1.473 milhões de euros em prejuízos, um aumento de 96% face ao ano anterior. De acordo com as informações adiantadas pela empresa, esta queda deveu-se a despesas extras associadas à sua restruturação, após a compra do seu rival Alcatel-Lucent.

No ano passado, a empresa de telecomunicações totalizou 9.139 milhões de euros de lucros líquidos, um aumento de 7% face ao ano anterior, de acordo com o Expansión (conteúdo em espanhol). Mas, ainda assim, os resultados da Nokia foram prejudicados por despesas extras, nomeadamente os 1.591 milhões de euros em amortizações feitas após a fusão com a empresa Alcatel-Lucent, realizada por um valor de 15,6 mil milhões de euro.

Ainda no mesmo período — 2007, a empresa faturou 23.147 milhões de euros, uma redução de 2% devido à queda das vendas em todas as suas áreas de negócio, exceto na tecnologia. O principal negócio da empresa, a Nokia Networks, faturou 20.523 milhões de euros, menos 6% do que no ano anterior, após registar uma queda nas vendas das três áreas que compõem esse setor: redes de banda larga, serviços globais e redes IP e aplicações.

Mas, nem tudo foi mau. O volume de negócios da Nokia Technologies aumentou 57% e atingiu os 1.654 milhões de euros, permitindo à empresa finlandesa um lucro operacional de 1.124 milhões de euros, mais 94% do que no ano anterior. Os principais impulsionadores deste crescimento foram a assinatura de novos acordos de licenciamento para as suas patentes com alguns fabricantes e outras compensações recebidas pela LG e pela Blackberry devido ao uso indevido da propriedade intelectual da Nokia. O que também contribuiu para um aumento das receitas foi a chegada ao mercado dos smartphones Nokia, fabricados exclusivamente pela empresa.

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