Confiança dos portugueses no emprego em máximos de 2016. Mas aquém do resto da Europa

  • ECO
  • 23 Abril 2018

Numa altura em que a taxa de desemprego está a cair, o otimismo dos portugueses em relação ao mercado laboral está em máximos. Contudo, a confiança continua aquém em comparação com a UE.

A taxa de desemprego está a cair… e a confiança no mercado laboral a aumentar. Desde 2016 que os portugueses não estavam tão otimistas em relação às perspetivas sobre o emprego, revela um estudo da Michael Page. Mesmo assim, os valores nacionais continuam aquém da média europeia, num índice onde a Suécia lidera.

“A confiança dos portugueses no mercado laboral atingiu o valor mais elevado desde 2016, fixando-se nos 57%. Mesmo assim, o valor encontra-se abaixo da média europeia (58%), num índice encabeçado pela Suécia com 69% e, onde, no plano oposto, a Itália se fica pelos 42%”, de acordo com os dados do novo índice de confiança da Michael Page referentes ao primeiro trimestre desde ano.

“Ficamos contentes por verificar a continuação da tendência de subida da confiança em relação ao mercado de trabalho. A maior parte dos candidatos parece acreditar que, no próximo ano, a sua situação irá melhorar em vários aspetos. Por outro lado, é interessante notar uma alteração das motivações dos portugueses, que deixam mesmo de acreditar no trabalho para a vida, mas antes numa busca de novas oportunidades de desenvolvimento”, afirma Álvaro Fernández, diretor geral da Michael Page Portugal.

"Ficamos contentes por verificar a continuação da tendência de subida da confiança em relação ao mercado de trabalho. A maior parte dos candidatos parece acreditar que, no próximo ano, a sua situação irá melhorar em vários aspetos. Por outro lado, é interessante notar uma alteração das motivações dos portugueses, que deixam mesmo de acreditar no trabalho para a vida, mas antes numa busca de novas oportunidades de desenvolvimento.”

Álvaro Fernández

Diretor geral da Michael Page Portugal

Segundo o estudo, de forma geral, os portugueses encontram-se moderadamente confiantes. “A maioria (47%) acredita que a situação do atual mercado de trabalho é positiva. Este é um valor que nada tem a ver com os 19% do início de 2016, mas que, mesmo assim, fica aquém da média europeia – 53%”, refere a Michael Page, acrescentando que “no que diz respeito à situação daqui a seis meses, os portugueses parecem ser mais otimistas, igualando a média europeia – 61% acha que será positiva”.

O aumento do otimismo dos portugueses no mercado laboral acompanha a descida da taxa de desemprego em Portugal. No primeiro mês do ano, o desemprego recuou para 7,9%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para fevereiro, os dados provisórios dão conta de um novo recuo, desta vez para 7,8%. E a tendência deverá continuar. De acordo com o Programa de Estabilidade, o Governo antecipa para este ano um crescimento de 2,3% e uma taxa de desemprego de 7,6%, previsões que são suplantadas em termos de otimismo por parte do Fundo Monetário Internacional que antecipa uma evolução de 2,4% do PIB e uma taxa de desemprego de 7,3%.

O estudo da Michael Page analisou a perceção que os profissionais têm acerca do atual mercado laboral. Os dados reunidos têm por base a resposta dos profissionais que se candidataram a ofertas de emprego através do site da Michael Page, num total de 640 respostas em Portugal.

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