Salários da administração do BCP disparam. Amado recebe 631 mil

  • ECO
  • 23 Abril 2018

Terminada a ajuda estatal, a remuneração dos membros do conselho de administração do BCP disparou para mais de 3,7 milhões de euros.

Devolvida a ajuda estatal, o Banco Comercial Português (BCP) deixou para trás o travão à remuneração dos seus gestores. Os membros do conselho de administração do banco auferiram um total de 3,78 milhões de euros, com Nuno Amado a ficar com a maior “fatia”. Face ao ano anterior houve um forte aumento, de mais de 80%, mas também houve mais um salário a ser pago, o de João Palma.

Os administradores do banco tinham tido um corte médio de 22% na remuneração em resultado do empréstimo estatal, através de CoCo’s, concedido em 2012. Com o aumento de capital de 2016, o banco conclui o reembolso dessa ajuda que custou mil milhões de euros em juros aos cofres do banco liderado por Nuno Amado.

Com a ajuda paga, acabou-se o travão às remunerações. E no ano passado os valores auferidos pelos administradores aumentaram de forma expressiva. O “bolo” aumentou em 81,7%, sendo que a explicar este forte crescimento está também o aumento do número de administradores, com a entrada de João Palma em janeiro de 2017 (mas apenas remunerado a partir de abrir de 2017). Só este administrador recebeu 371 mil euros.

João Palma recebeu menos que os 441 mil euros pagos a outros quatro administradores, embora estes sejam vogais e não vice-presidentes da comissão executiva. Os outros dois “vices” receberam, cada um, 504,8 mil euros. Um deles é Miguel Maya que deverá suceder a Nuno Amado na liderança executiva da instituição.

Amado, que passará para chairman do BCP depois da assembleia geral que vai ter lugar a 30 de maio, recebeu a maior “fatia” do bolo de 3,78 milhões de euros. O ainda presidente executivo do banco recebeu 631 mil euros durante o ano passado, de acordo com a informação enviada pelo banco à CMVM. Deste valor, o BCP reteve 282,2 mil euros em IRS.

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