Contas de 2017 do Montepio adiadas duas semanas
A instituição liderada por Carlos Tavares diz que com a entrada em funções do novo conselho de administração "não foi possível concluir os trabalhos" de elaboração dos documentos das contas.
A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) adiou duas semanas a apresentação de contas de 2017, segundo comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Num comunicado ao mercado, publicado na noite de segunda-feira, a instituição liderada desde março por Carlos Tavares, explica que, no contexto da entrada em funções do novo conselho de administração, a 21 de março, e no quadro de um novo modelo societário, “não foi possível concluir os trabalhos” de elaboração dos documentos de prestação de contas relativas ao exercício de 2017, incluindo os pareceres obrigatórios e a certificação legal de contas.
O Código de Valores Mobiliários define que o prazo para concluir aqueles trabalhos termina a 1 de abril, contando o prazo de quatro meses a partir da data de encerramento do exercício, e que esses dados devem ser mantidos à disposição do público durante uma década, pelo menos.
O novo prazo de apresentação de contas fica assim adiado para meados deste mês: “A CEMG procederá à divulgação dos referidos documentos – relatório de gestão, contas anuais, certificação legal de contas, relatório elaborado por auditor e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento – no prazo máximo de duas semanas a partir desta data [30 de abril]”.
A Caixa Económica Montepio Geral, que é detida na totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral, é liderada por Carlos Tavares, que sucedeu a Félix Morgado, cujo mandato foi marcado por conflitos com o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia.
Carlos Tavares foi ministro da Economia do Governo PSD/CDS-PP liderado por Durão Barroso e presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), de onde saiu no final de 2016.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Contas de 2017 do Montepio adiadas duas semanas
{{ noCommentsLabel }}