Pharol tem um mês para decidir se vai ao aumento de capital da Oi

O regulador do mercado de capitais brasileiro divulgou as condições para a conversão de créditos em capital da Oi, dando 30 dias para os acionistas decidirem se acompanham ou não a operação.

As condições para a conversão de créditos em capital da Oi já são conhecidas. A Pharol dispõe agora de um mês para decidir se acompanha ou não esta operação da sua participada brasileira, segundo informação relevante divulgada no site da CMVM nesta terça-feira.

“O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 30 dias, contados a partir do dia 15 de junho de 2018 (inclusive), ou seja, até o dia 16 de julho de 2018 (inclusive)” diz o documento que foi publicado inicialmente pelo regulador do mercado de capitais brasileiro, e agora disponibilizado também no site da CMVM.

Não acompanhar a operação significa para a Pharol ver a sua posição como maior acionista da telecom brasileira substancialmente diluída.

Em causa está o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores da Oi em dezembro do ano passado. Este plano prevê a troca de dívida por ações e um aumento de capital que, não sendo acompanhado pelos acionistas, levará a uma forte diluição da sua posição, sendo que mais de 70% do capital da brasileira pode ficar nas mãos dos credores.

A Pharol mostrou a sua oposição este plano mas, entretanto, no final de maio já deu sinais de que poderia acompanhar o aumento de capital da Oi. Em causa está uma alteração nos estatutos que permite injetar até 40 milhões de euros na empresa, bem como emitir obrigações. O objetivo poderá, depois, passar por participar no aumento de capital da Oi, operadora brasileira da qual a Pharol é hoje a maior acionista.

De acordo com o documento da Oi tornado público nesta terça-feira, o aumento de capital mediante a capitalização de créditos será realizado através da emissão de novas ações ao preço unitário de 7 reais (cerca de 1,6 euros), de modo a que o montante total da capitalização de créditos seja de, no mínimo, 7.279 milhões de reais (1.666 milhões de euros) e de, no máximo, 12.292 milhões de reais (2.813 milhões de euros).

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