“Bom dia, futuro!”. DN prepara-se para ser digital e semanário

Novo projecto do diário foi apresentado esta terça-feira e vai passar a ter apenas uma edição impressa, ao domingo, reforçando a oferta de revistas e a edição online.

“Bom dia, futuro!”. As palavras são do diretor do Diário de Notícias (DN), Ferreira Fernandes, que esta terça-feira apresentou o novo projeto do jornal que este ano comemora 154 anos.

E o que é então esse futuro? O diário centenário prepara-se para fazer a transição para o digital, com uma edição diária digital e uma em papel que passará a sair aos domingos pelo preço de três euros.

Todas as manhãs, o DN irá ter uma edição digital, com capa numerada, que chega aos leitores onde eles estiverem. “Com aquilo que consideramos que é o importante nesse dia”, frisa Catarina Carvalho, diretora executiva.

Depois aos domingos, “o dia em que as pessoas têm mais tempo para ler”, o DN surge em banca com uma edição em papel, com um novo design e formato.

Com o novo DN surgem também novas revistas. Um caderno especial de 16 páginas, intitulado 1864, bem como revistas temáticas que vão rodando ao longo do mês: a DN Life; a Evasões 360, DN Insider (revista de tecnologia) e a Ócio, uma publicação de luxo.

Ferreira Fernandes sublinha ainda que os únicos dias onde “há recorde de vendas em banca” são os sábados e os domingos, diz o diretor do Diário de Notícias. E vai ser a um domingo, a 1 de julho, que o centenário Diário de Notícias vai fazer a sua transição para o digital e para um jornal que se afirma como “um diário para os nossos dias”.

“O DN ultrapassou todas as crises e soube sempre rejuvenescer-se e adaptar-se às novas realidades”, explicou o presidente do conselho de administração da Global Media, Daniel Proença de Carvalho. Esta passagem para o digital de um dos diários nacionais mais antigos surge num “momento oportuno”, considera o advogado, citando um estudo da Reuters, que refere que os leitores estão a abandonar as plataformas sociais e a regressar ao jornalismo.

“Hoje, em 2018, o DN deu um salto para se aproximar dos seus leitores”, diz o responsável. “No dia 1 de julho o jornal terá uma edição digital diária e no domingo uma edição em papel”, anuncia. Uma transição para o digital que é “um realístico acompanhamento do que o mercado apresenta”. “Quem abraçar rapidamente os novos tempos está mais bem preparado para abraçar o futuro”, defende.

Luís Ferreira, diretor-geral comercial do GMG, dá as metas para a nova fase do jornal. Ao nível do online, dos atuais 29 milhões de páginas vistas e nove milhões de visitas, no final de dezembro, o grupo quer passar para 50 milhões de páginas vistas e 15 milhões de visitas. Para o papel, a meta é que as vendas em banca, ao domingo, atinjam os 25 mil exemplares.

“Não podemos todos continuar a assobiar para o lado”, disse o diretor-geral comercial do GMG. “Apostem no DN, a democracia vai agradecer”.

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