CGD lucra 194 milhões no semestre. Comissões disparam 10%

Depois de ter ganho 68 milhões no primeiro trimestre, os resultados líquidos cresceram ainda mais nos últimos três meses. Ganhou 194 milhões no semestre.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) conseguiu lucros de 194 milhões de euros na primeira metade do ano. Depois de ter ganho 68 milhões no primeiro trimestre, os resultados líquidos cresceram ainda mais nos últimos três meses. O banco liderado por Paulo Macedo conseguiu assim afastar-se dos prejuízos de 50 milhões nos primeiros seis meses de 2017.

“A atividade consolidada da CGD, continuou a ser positivamente impactada pela implementação do Plano Estratégico em curso, gerando no primeiro semestre de 2018, um resultado liquido positivo de 194,1 milhões de euros“, refere o banco estatal na apresentação de contas dos primeiros seis meses enviada à CMVM. “O resultado líquido do semestre foi (…) uma forte evolução face aos -49,9 milhões de euros alcançados em junho de 2017”, nota.

Este resultado é explicado, em parte, pela forte quebra nas provisões e imparidades, que encolheram de 390 para apenas 45 milhões de euros, isto num período em que “o resultado de exploração core alcançou 367,3 milhões de euros, um crescimento de 29,9% face ao primeiro semestre de 2017″, nota o banco estatal.

Nos resultados de exploração está a margem financeira, que caiu 2%, mas também os custos de estrutura, que encolheram em 14%. Além disso, e a dar suporte aos resultado de exploração estão também os “serviços e comissões com uma evolução positiva de 9,6% no semestre face ao semestre homólogo de 2017“, diz a CGD, notando que o “nível de rendibilidade, em linha com o previsto no Plano Estratégico CGD para o ano de 2018” é de 5%.

Balanço do banco encolhe

“O produto bancário gerado pela CGD no semestre (889,3 milhões de euros, -153,1 milhões de euros face a junho de 2017) foi fortemente impactado pela redução significativa dos resultados de operações financeiras, dada a elevada expressão dos mesmos registada em 2017”, explica o banco liderado por Paulo Macedo que viu o balanço encolher.

“O total do Balanço Consolidado da CGD reduziu-se no semestre em 1.740 milhões de euros, alcançando 91.508 milhões de euros”, refere a CGD, sendo de salientar para esta redução “o reembolso de dois mil milhões de euros de financiamento ao Banco Central Europeu (BCE), bem como a redução sentida no crédito a clientes, fortemente influenciada pelos processos de vendas e write-offs de malparado“.

Ao mesmo tempo, os recursos totais de clientes “continuam a beneficiar da preferência dos clientes pela CGD”, diz o banco. O montante total na atividade doméstica alcançou os 71.067 milhões de euros, “apesar do baixo nível de taxas de juro em vigor”.

Emissão suporta rácios

Com resultados positivos, a CGD viu os seus rácios de capital melhorarem. Contudo, determinante para a melhoria foi a “emissão em junho de
2018 de 500 milhões de euros de valores mobiliários representativos de fundos próprios de nível 2 (Tier 2)” com que a CGD encerrou a última fase do seu Plano de Recapitalização num total global de 4.944 milhões de euros.

“Os rácios de capital da CGD beneficiaram no semestre da referida emissão Tier 2 que causou a subida do rácio total (phased-in) em 1, p.p., alcançando 16,5% em junho”, diz a CGD. “Os rácios CET 1 phased-in e fully implemented fixaram-se ambos em 14%, evidenciando a robusta posição de capital da CGD”, conclui.

(Notícia atualizada às 17h37 com mais informação)

 

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