Ações da Galp caem mais de 1% com saída da Sonangol
Bolsa iniciou o dia em alta mas já está a cair com a pressão a vir da Galp. Ações da petrolífera cedem mais de 1% com a notícia de que os angolanos estão a preparar a venda da sua posição na Galp.
A bolsa portuguesa está em terreno negativo e a culpa é sobretudo da Galp. As ações da petrolífera portuguesa cedem mais de 1% com a notícia de que os angolanos da Sonangol estão a preparar a venda da participação na empresa portuguesa. Também a Navigator prolonga as perdas após o trambolhão registado esta segunda-feira.
O PSI-20, o principal índice português, perde 0,29% para 5.520,55 pontos. Dois destaques do arranque da sessão em Lisboa: por um lado, a Navigator perde 1,35% para 4,54 euros, mantendo-se em desvalorização após as perdas acentuadas de ontem por causa do impacto das taxas sobre a venda de papel nos EUA; também a Galp perde 1,30% para 17,43 euros, depois de o Jornal de Negócios ter adiantado que a Sonangol está em negociações para vender a sua posição na companhia nacional.
Lisboa segue em contramão com aquilo que é a tendência na Europa, em dia de alguma descompressão em relação às tensões vividas ontem com a crisa da moeda turca. A lira continua sob pressão, estando a cair quase 5% no mercado cambial. Mas as principais praças europeias arrancam o dia com uma toada mais positiva: o índice de referência europeu Stoxx 600 ganha 0,5%, ao mesmo tempo que o parisiense CAC-40, o milanês FTSE-Mib e o alemão DAX-30 avançam na casa dos 0,6%.
“Os índices europeus negociavam em terreno positivo, perante algum alivio no que respeita aos receios relativos à Turquia”, dizem os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “De lembrar que a depreciação da Lira Turca tem alimentado receios de um contágio desta situação económica a outras economias emergentes e dos seus efeitos no setor bancário europeu”, sublinham.
Galp em queda
Por Lisboa são oito as cotadas sob pressão vendedora, com as ações da Nos também a serem castigadas: cedem 0,28% para 4,90 euros.
Do lado positivo contam-se apenas cinco cotadas, com maior protagonismo para a Sonae Capital, cujos títulos aceleram 2,57% para 0,879 euros. Também a EDP e EDP Renováveis, dois pesos pesados da bolsa nacional, seguem com uma evolução mais positiva e vão travando perdas por Lisboa.
Fora do principal índice nacional, as ações da SAG afundam mais de 21% após anunciar prejuízos de dez milhões de euros no primeiro semestre do ano, mantendo-se a “tendência de agravamento do risco de liquidez”, disse a proprietária do importador da marca Volkswagen para Portugal.
Em termos macroeconómicos, o dia fica marcado pela apresentação dos dados da economia no segundo trimestre do ano. De acordo com as estimativas obtidas pelo ECO junto de vários economistas, a atividade económica em Portugal terá acelerado entre 2,1% e 2,6% entre abril e junho.
(Notícia atualizada às 8h44)
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