Portugal fez um grande sacrifício. “OE não pode pôr em causa os esforços feitos”, diz Teixeira dos Santos
Teixeira dos Santos, antigo ministro das Finanças, salienta os esforços feitos pelos portugueses para tirar o país da crise. E alerta que este OE não pode levantar dúvidas sobre o rumo a seguir.
Teixeira dos Santos viveu momentos de grande tensão no Governo de José Sócrates. Portugal acabou por ter de pedir um programa de assistência financeira do qual só saiu em 2014, estando desde então numa rota de recuperação. Foi o esforço de todos os portugueses que permitiu ao país ser bem-sucedido no pós-programa. E isso, diz, não pode ser posto em causa. Pede, por isso, que o Orçamento do Estado não levante dúvidas quanto ao rumo que país quer seguir.
“Existe uma perceção de que o país fez um grande sacrifício, fez um ajustamento penoso, mas chegámos lá, e se se começa a sentir que isso está em causa, gera desconfiança. É perigoso“, diz o antigo responsável pela pasta das Finanças, atual presidente do Eurobic na 5.ª Edição do Fórum Desafios e Oportunidades em Coimbra, promovido pela instituição que preside.
“Espero que tenhamos um Orçamento do Estado que não gere dúvidas quanto à estabilidade”, que “não ponha em causa a correção que foi feita, e que sinalize que o peso da dívida pública vai continuar a baixar“, pede Teixeira dos Santos.
Relativamente a um acordo entre os partidos que apoiam a solução governativa de António Costa neste que é o último Orçamento de Estado da legislatura, o ex-ministro diz que com a “geometria tão variável, com interesses politico partidários a quererem deixar a sua marca, não e fácil”. Mas “existem lições que se podem retirar da experiência que se viveu no passado”, garante.
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