Wall Street ignora guerra. Justiça trava ações da Tesla
As bolsas norte-americanas ignoraram a nova ronda de tarifas impostos pelos EUA à China, e pela China aos EUA. Valorizaram, com as tecnológicas em destaque. A Tesla afundou.
De um lado Donald Trump, do outro a China. Os EUA avançaram com novas tarifas aos produtos chineses, decisão que mereceu uma retaliação do outro lado do mundo. A guerra comercial continua a escalar, mas os investidores ignoraram a crescente tensão, permitindo às bolsas norte-americanas valorizarem. As tecnológicas destacaram-se num dia de travagem forte para a Tesla.
Os EUA anunciaram uma tarifa alfandegária de 10% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de produtos chineses importados, já a partir de 24 de setembro. Pequim respondeu com a imposição de novas taxas alfandegárias a bens norte-americanos que representam 60 mil milhões de dólares (51 mil milhões de euros) de importações anuais da China.
Subiu, assim, de tom a guerra comercial. Seria, por isso, de esperar mais uma sessão negativa nos mercados acionistas mundiais. Mas isso não aconteceu na Europa, nem nos EUA, com Wall Street a encerrar no verde. Tanto o S&P 500 como o Dow Jones valorizaram (0,55% e 0,72% respetivamente), mas foi o Nasdaq que registou a subida mais expressiva: 0,78%.
A Apple foi uma das tecnológicas a brilhar. No mesmo dia em que a fabricante do iPhone devolveu mais de 14.000 milhões de euros à Irlanda, as ações avançaram 0,23% para os 218,66 dólares, com os investidores a reagirem às declarações de Tim Cook que afirmou estar “otimista” quanto ao fim do conflito comercial entre Washington e Pequim, após ser conhecido que as novas taxas alfandegárias impostas à China isentam alguns produtos destinados à empresa.
Outras empresas do setor valorizaram, assim como cotadas vistas como mais sensíveis à guerra comercial, como é o caso da Boeing, permitindo aos índices norte-americanos recuperarem da queda registada na primeira sessão da semana. Mas houve também quedas, com a empresa liderada por Elon Musk em destaque.
A Tesla derrapou 3,6% em Nova Iorque, isto depois de o Departamento norte-americano da Justiça ter avançado com uma investigação à empresa. Em causa está o tweet que Elon Musk publicou a 7 de agosto dizendo que tinha assegurado financiamento para retirar a empresa de bolsa, quando na realidade não tinha essa garantia. A publicação fez disparar os títulos da empresa que, afinal, Musk vai manter no mercado de capitais.
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