Credores exigem 700 milhões de euros à Brisa por dívida das concessionárias
A Brisal e Douro Litoral, controladas pela Brisa, estão em incumprimento com os credores desde 2012 e 2014, respetivamente. Se não for possível um acordo, a Brisa pode perder as duas concessões.
A Brisa está a ser pressionada por diversos credores para liquidar a dívida bancária de duas das suas seis concessionárias. De acordo com o Jornal Económico e o Jornal de Negócios (acesso pago), os credores exigem um pagamento de 700 milhões de euros, um valor que a Brisa considera “inviável”. Caso não consigam, os fundos de investimento e bancos internacionais pretendem reclamar as concessões.
Os cinco credores — Strategic Value Partners, Deutsche Bank, JP Morgan, fundo Cross Ocean e o Banco de Europeu de Investimento (BEI) –, que compraram dívida de duas empresas controladas pela Brisa, num total de 1,6 mil milhões de euros. Contudo, ambas estão em incumprimentos há, pelo menos, dois anos: a Brisal entrou em incumprimento em 2012, com uma dívida que ultrapassa os 500 milhões de euros e, dois anos depois, foi a vez da Douro Litoral, com uma dívida superior a mil milhões de euros.
Estes fundos de investimento e bancos internacionais compraram, na altura, a dívida destas concessionárias com um desconto de 79,5%, escreve o Jornal Económico. Assim, visto não receberem a totalidade dos juros e capital em dívida, os credores enviaram à Brisa uma proposta para o pagamento desta dívida, na qual exigem 700 milhões de euros, mas ainda não obtiveram uma resposta formal.
Pela Brisal querem receber 325 milhões de euros (o correspondente a 592 milhões em termos nominais) e pela Douro Litoral 400 milhões de euros que, em termos nominais, corresponde a 1.010 milhões de euros. Ou seja, em cada uma perdoam 45% e 60%, respetivamente, escreve o Negócios.
Contudo, para a Brisa, estes 700 milhões de euros são um valor “inviável” e, nesse sentido, as entidades têm estado em conversações para se tentar alcançar uma solução que “seja razoável” para ambas as partes. Caso não haja acordo, a Brisa corre o risco de perder a posse destas duas concessões, que incluem as autoestradas A17, A41, A43 e A32.
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