Negociações China-EUA animam Wall Street, mas não afastam volatilidade
Apesar dos ganhos, volatilidade nas bolsas norte-americanas poderá manter-se até ser alcançado um acordo entre os dois gigantes, o que só deverá acontecer no final de fevereiro.
Wall Street fecha em alta, graças ao otimismo de Donald Trump em relação a um acordo comercial com a China. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou esta quarta-feira, em entrevista à Reuters, que não irá tomar qualquer decisão sobre novas subidas nas tarifas aduaneiras às importações chinesas antes de chegar a acordo com Pequim.
O índice industrial Dow Jones fechou com um ganho de 0,64% para 24.527,60 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 subiu 0,53% para 2.651,07 pontos e o tecnológico Nasdaq avançou 0,95% para 7.098,31 pontos.
Apesar dos ganhos, os investidores mantêm-se cautelosos em relação à sustentabilidade do rally. As ações tocaram recentemente mínimos intra-diários do ano e encontraram um suporte técnico desde a recuperação
“Já tivemos numerosos testes a esses mínimos. Cada novo teste torna o suporte mais forte. Sabemos onde está o chão mais provável e há isso dá algum conforto ao mercado”, afirmou Robert Phipps, diretor da Per Sterling, à agência Reuters.
O analista sublinhou ainda que, mesmo que os mercados norte-americanos se mantenham acima dos mínimos do ano, é provável que a volatilidade se mantenha até as negociações entre China e EUA terminarem, o que deverá acontecer apenas no final de fevereiro. “Não só é improvável que Trump feche um acordo até ao final de fevereiro como a retórica deverá tornar-se mais abrasiva à medida que se aproxima a data. Há muitos assuntos políticos a pressionarem o mercado”, acrescentou Phipps.
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