Domingos Fezas Vital, embaixador de Portugal nos EUA, é eleito diplomata económico do ano

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2019

De acordo com a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, a escolha de Domingos Fezas Vital deve-se ao apoio às exportações portuguesas e preservação das relações económicas entre Portugal e os EUA.

Domingos Fezas Vital, embaixador de Portugal nos Estados Unidos da América (EUA), é o vencedor do prémio diplomata económico do ano 2018, pelo apoio às exportações portuguesas e preservação das relações económicas entre os dois países, foi esta quarta-feira anunciado.

O prémio, atribuído anualmente pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), vai ser entregue ao diplomata na quinta-feira, durante o seminário diplomático, em Lisboa.

Da direita para a esquerda, Domingos Fezas Vital (embaixador de Portugal em Washington), António Costa (primeiro-ministro) e José Luís Carneiro (secretário de Estado das Comunidades).Lusa

Em nota à imprensa, a associação empresarial explica que a escolha de Fezas Vital se baseou no “desenvolvimento de uma notável ação comercial de apoio às exportações portuguesas e de preservação das boas relações económicas entre os dois países, no complexo contexto das relações comerciais dos Estados Unidos com o resto do mundo”.

O júri do prémio destacou particularmente “o trabalho realizado com êxito pelo embaixador junto do Departamento de Comércio dos Estados Unidos para reversão de taxas ‘antidumping’ para empresas portuguesas” e “o seu relevante papel na preparação e execução com sucesso da iniciativa do mês de Portugal nos Estados Unidos em junho de 2018”, que contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa.

“Foi de novo um ano difícil porque havia candidatos muito fortes”, disse à Lusa o embaixador e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros António Monteiro, presidente do júri, composto por Bruno Bobone, presidente da CCIP, Paulo Portas, vice-presidente, e Miguel Horta e Costa, membro da direção.

“O embaixador Fezas Vital, que está em Washington desde 2015, tem sabido e podido ajudar a que Portugal preserve com os Estados Unidos uma relação bilateral estável e progressiva. De facto, e apesar de alguma turbulência, o nosso relacionamento com os EUA tem corrido muito bem, tem até tido algum incremento notável, […] muito apoiado pelo nosso embaixador, pela sua presença, pela sua disponibilidade”, explicou.

Questionado sobre se a distinção do embaixador em Washington é também um sinal político, num contexto de crescente protecionismo da atual administração norte-americana, António Monteiro frisou que a decisão não se baseou num critério político, antes em “aspetos mais técnicos, mais ligados à diplomacia económica”, mas admitiu que, uma vez tomada a decisão, houve a “consciência de que vai ao encontro de uma realidade” que é “o relacionamento importantíssimo” com os Estados Unidos.

“Não foi um critério político que esteve na base da escolha, agora, é evidente que coincidiu, e é um sinal importante, com o nosso desejo de preservar um relacionamento que para nós continua a ser da maior importância”, afirmou.

Segundo a CCIP, o mercado norte-americano absorve mais de 5% das exportações nacionais, as quais, desde 2013, tiveram um crescimento anual de 8,6%.

O prémio Francisco de Melo e Torres é atribuído desde 2013 pela CCIP ao chefe de missão diplomática que, ao longo do ano, se tenha destacado na defesa e apoio à internacionalização de empresas portuguesas e na captação do investimento estrangeiro, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa.

Nas anteriores edições foram distinguidos, em 2017, o representante de Portugal junto da União Europeia, Nuno Brito, em 2016, o embaixador em Pequim, Jorge Torres Pereira, em 2015, o embaixador em Maputo, José Augusto Duarte, em 2014, Luís de Almeida Sampaio, embaixador em Berlim, e, em 2013, Francisco Ribeiro Telles, então embaixador em Brasília.

O prémio tem um valor de 25 mil euros que os embaixadores distinguidos em anos anteriores aplicaram em ações de apoio à internacionalização das empresas portuguesas e captação de investimento estrangeiro.

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