Patrões põem travão a discussão sobre desigualdade salarial

  • ECO
  • 21 Janeiro 2019

O Governo aprovou uma recomendação para a fixação de um mecanismo para limitar as disparidades salariais, mas será difícil discutir mais profundamente o assunto em concertação social.

As medidas para limitar a desigualdade salarial não passaram pelos patrões. O Governo quer levar a discussão à concertação social, mas as associações patronais não se mostraram abertas à ideia.

“Tem razão de ser que todas estas questões sejam abordadas publicamente, mas sempre defendemos que os acionistas tenham liberdade para estabelecer a grelha salarial interna“, aponta João Vieira Lopes, da confederação do Comércio (CCP), citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago). “Não deve haver intervenção legislativa sobre estes temas”, reitera.

Também António Saraiva, da CIP, e Francisco Calheiros, da confederação do turismo (CTP) partilham da mesma opinião. Para António Saraiva, o Governo não tem “qualquer legitimidade para se imiscuir nas remunerações do setor privado”. Já Calheiros adianta que a principal preocupação deveria ser a “reforma do Estado”.

Apesar de o Governo já ter uma intervenção nas remunerações privadas através da fixação do salário mínimo, será no teto máximo, uma medida sugerida pelos deputados, que está a discordância. Mesmo assim, foi aprovada uma recomendação para as empresas fixarem um mecanismo de controlo da desigualdade. A disparidade salarial em Portugal atinge níveis elevados, mas que terão vindo a recuar nos últimos quatro anos.

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