Fusão multimilionária de farmacêuticas paga comissões de mil milhões. Banca ganha 300 milhões

A fusão vai custar cerca de 1.000 milhões de dólares em taxas, sendo que mais de 300 milhões serão pagos em comissões aos bancos, consultores e advogados.

A Bristol-Myers Squibb e Celgene anunciaram uma fusão, numa operação que está avaliada em 90 mil milhões de dólares (78,5 mil milhões de euros), de acordo com o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês). As duas farmacêuticas vão ter de suportar mil milhões de dólares (873 mil milhões de euros) em taxas com esta fusão, sendo que uma parte será distribuída sob a forma de comissões, nomeadamente aos bancos.

A Bristol-Myers Squibb estima que os custos associados à operação terão um custo, para si, de 200 milhões de dólares. A Celgene, por seu lado, aponta para um valor de 225 milhões, excluindo outras taxas. Em conjunto, as duas fabricantes de medicamentos norte-americanas vão pagar mais de 300 milhões de dólares para consultores financeiros. Esta já é considerada uma das operações mais lucrativas de sempre em Wall Street, diz o FT.

Cerca de 304 milhões de dólares (265 milhões de euros) serão divididos por cinco bancos de investimento, incluindo o JP Morgan, o Morgan Stanley e o Citigroup, para além de advogados — entre eles EY, KPMG e Deloitte –, e consultores financeiros, que aconselharam e acompanharam o processo entre as duas empresas.

O Morgan Stanley já informou que receberá 82 milhões por assessorar a Bristol, somando-se outros 100 milhões de serviços de financiamento. Já a parte do JP Morgan ascende a 100 milhões por assessorar a Celgene, enquanto o Citigroup vai receber 67 milhões.

De acordo com o FT, cerca de 80% dos 304 milhões em comissões serão pagos assim que a fusão entre as duas farmacêuticas ficar concluída, processo que ainda exige aprovação dos acionistas e dos reguladores.

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