EDP prepara resposta às propostas do fundo Elliott

A administração executiva da EDP, liderada por António Mexia, vai ter uma reunião esta quinta-feira para avaliar as proposta do fundo Elliot, e é expectável uma comunicação ao mercado.

O fundo Elliott é contra a OPA dos chineses da China Three Gorges sobre a EDP e apresentou um plano alternativo para a elétrica, que passa por um crescimento nas energias renováveis e a venda da operação no Brasil para levar o preço da ação para 4,33 euros. Por coincidência, esta posição de força ocorre no mesmo dia em que decorre um Conselho Geral e de Supervisão da empresa, já previamente marcado, apurou o ECO junto de acionistas. Mas, perante esta proposta do Elliott, o conselho de administração executivo liderado por António Mexia também vai reunir e é expectável que, depois, seja feita uma comunicação ao mercado.

A OPA dos chineses foi lançada em maio e, depois de meses em que nada se passava, o calendário acelera, muito devido à entrada de um novo acionista com as características do fundo Elliott, mas também com a aproximação da assembleia geral de acionistas e a apresentação do plano estratégico revisto, agendado para 13 de março, em Londres. Se o CGS já estava marcado para esta manhã, e o tema-Elliott acabará por dominar as discussões, já o encontro do conselho de administração executivo é mesmo uma resposta direta às propostas daquele fundo. Segundo sabe o ECO.

O fundo Elliott, que tem menos de 3% da EDP, tomou pela primeira vez uma posição sobre a OPA apresentada pela China Three Gorges. E é negativa. “É evidente para nós que a Oferta da CTG não favorece os melhores interesses dos stakeholders da EDP. A contrapartida é excessivamente baixa, o processo encontra-se paralisado e as alterações provavelmente requeridas pela Oferta da CTG seriam baseadas em requisitos regulatórios e não nos melhores interesses de todos os stakeholders. Chegados a este ponto, a continuação da existência de uma Oferta que se considera impossível concluir com êxito, na sua forma atual, está a dificultar o crescimento da EDP. Acreditamos que a EDP deve ultrapassar rapidamente a Oferta e a definição de um novo rumo é urgente”, pode ler-se numa carta enviada esta quinta-feira ao Conselho Geral e de Supervisão, liderado por Luís Amado.

Além disso, o Elliott propõe um plano agressivo de venda de ativos para diminuir a dívida da companhia, e o mas relevante é mesmo a operação no Brasil, uma das mais relevantes na estratégia de António Mexia. “Dado o potencial de crescimento do mercado brasileiro, a Elliott acredita que a EDP Brasil é um negócio atraente, que beneficiaria de um novo proprietário empenhado e disposto a realizar os investimentos necessários. A participação da EDP na EDP Brasil poderia ser vendida com um prémio significativo em relação ao valor atual de negociação, em linha com as recentes transações de utilities no Brasil, tendo em conta que existe procura considerável por este tipo de plataformas”, sugere aquele fundo.

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