Eleições europeias. PPE deverá ser a força mais votada, Socialistas em segundo. Extrema-direita sobe

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 18 Fevereiro 2019

Partido Popular Europeu (que integra PSD e CDS) deverá continuar a ser a primeira força política no hemiciclo comunitário mais fragmentado de sempre, após as eleições europeias de maio.

O Parlamento Europeu divulgou esta segunda-feira a primeira projeção sobre a distribuição de lugares na próxima legislatura, baseada em sondagens nacionais realizadas até ao início de fevereiro. A projeção tem em conta a atual configuração de grupos políticos no Parlamento Europeu e não inclui realinhamentos ou a possível formação de novos grupos políticos na legislatura seguinte.

A próxima câmara terá 705 assentos. De acordo com os dados, o PPE poderá alcançar 183 (contra 217 deputados atualmente). O grupo dos Socialistas e Democratas (onde estão os deputados do PS) será a segunda força mais votada – 135 deputados, na atual legislatura tem 186.

Os grupos políticos que juntam partidos eurocéticos e de extrema-direita deverão reforçar a sua representação em algumas dezenas de deputados o que implicará um hemiciclo mais fragmentado, ruidoso e politicamente mais incerto. A subida dos grupos nacionalistas e populistas beneficiará sobretudo dos previsíveis bons resultados da Liga de Matteo Salvini em Itália, do partido de Marine Le Pen e da Alternativa para a Alemanha.

Apesar da subida dos movimentos anti-UE, os grupos políticos europeístas (PPE, Socialistas e Liberais) deverão continuar a ser as principais forças na câmara o que, a confirmar-se, garantirá o apoio ao novo executivo comunitário — que deverá entrar em funções até ao fim do ano –, bem como a aprovação da legislação comunitária. Se aos três partidos do centro se juntarem os Verdes, haverá uma maioria clara a favor do atual projeto europeu.

O grupo da Esquerda Unitária, onde se incluem os atuais deputados do PCP (3) e do BE (1), poderá ver o número de assentos diminuir de 52 para 46.

Com a saída do Reino Unido da UE e o abandono dos eurodeputados britânicos, os grupos dos Conservadores e Reformistas e dos Socialistas e Democratas serão os grandes perdedores.

A projeção tem em conta a atual configuração em termos de grupos do Parlamento Europeu. Não inclui, portanto, realinhamentos de deputados nem a possível constituição de novos grupos políticos.

Segundo o comunicado de imprensa dos serviços do PE, “cada partido é integrado num grupo político já existente ou no mesmo grupo a que pertence o respetivo partido político europeu. Todos os novos partidos políticos e movimentos, que ainda não declararam as suas intenções, são incluídos na categoria ‘Outros'” (cerca de 70).

A projeção revelada esta segunda-feira é baseada em sondagens nacionais realizadas até ao início de fevereiro, compiladas pela Kantar Public, em nome do Parlamento Europeu. Em relação a Portugal, a projeção teve em conta uma sondagem da Aximage (24 de janeiro) — realizada antes da apresentação de alguns dos cabeças de lista dos principais partidos –, e que prevê uma vitória do PS (9 deputados), PSD (6), PCP (3), CDS (2), BE (1).

(Notícia atualizada com mais informação)

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