Fundo avança em tribunal contra 59 antigos gestores do BES e GES

  • ECO
  • 29 Março 2019

Fundo que representa os lesados do BES avançou com 59 ações judiciais em tribunal, no valor total de 30 mil milhões de euros, contra um conjunto de antigos gestores do BES e do GES.

Foram 59 as ações que deram entrada esta quinta-feira no Tribunal Judicial, no valor total de 30 mil milhões de euros, contra antigos gestores do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES). Em causa estão mais de 514 milhões de euros exigidos a cada um destes gestores pelo fundo que representa os lesados do BES, avança o Jornal Económico (acesso pago).

Na lista de processados estão todos os administradores executivos e não executivos do BES, incluindo Ricardo Salgado, Amílcar Morais Pires, Joaquim Góis, António Souto, Rui Silveira, José Manuel Espírito Santo e Rita Cabral. Somam-se ainda antigos gestores da ESI e da Rioforte como António Ricciardi, Bernardo Moniz da Maia, Patrick Monteiro de Barros, José Castella (controller financeiro do BES), Rui Patrício e Francisco Machado da Cruz (contabilista da ESI). E ainda os antigos gestores do Best e do Banco Espírito Santo Açores (BAC).

“As ações de responsabilidade solidária deram entrada esta quinta-feira, 28 de março, no Juízo Central Cível de Lisboa”, revelou ao Jornal Económico uma fonte próxima do Fundo de Recuperação de Crédito de Clientes do BES, que representa mais de 2.000 lesados.

De acordo com a mesma fonte, o valor individual de cada ação é de 514,2 milhões de euros, sendo este o valor das perdas dos lesados do BES em papel comercial da ESI e Rioforte, aos quais se somam os juros. Estão ainda previstas mais ações para uma segunda fase do processo contra os auditores KPMG e EY, e contra o antigo banco de investimento da família Espírito Santo (BESI) — atual Haitong — e pedidos de indemnização a seguradoras estrangeiras.

O valor total das 59 ações supera os 30 mil milhões de euros, naquele que é considerado um megaprocesso de litigância em que o fundo de recuperação não paga taxas de justiça. “Trata-se de um dos maiores processos judiciais de sempre em que Portugal e que poderá, até, assegurar aos lesados do BES com papel comercial do GES a recuperação de 100% do capital investido”, sublinha a mesma fonte.

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