Sindicato e Antram chegam a acordo para serviços mínimos. Greve persiste, mas bombas vão ter 30% do abastecimento

Antram e sindicato definem termos de serviços mínimos, que prevêem entrega de 30% do abastecimento de combustíveis às bombas, além de abastecimento a aeroportos, hospitais e grandes centros de consumo

A reunião entre a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) terminou esta terça-feira perto das 23h00 e serviu para as partes chegarem a um consenso em relação aos serviços mínimos. A greve vai continuar, mas durante a paralisação será assegurado 30% do abastecimento das bombas de gasolina na região de Lisboa e Porto, isto além do abastecimento de hospitais ou aeroportos, avançou Antram à saída da reunião.

“A reunião não servia para haver acordo. Servia para se definir serviços mínimos para a população não sofrer como tem sofrido nos últimos dias. Queríamos clarificar os serviços mínimos e parece que temos uma clarificação“, referiu Gustavo Paulo Duarte, da Antram, à saída do encontro mediado pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

“Os serviços mínimos são os que estão claramente descritos na requisição civil, ou seja, aeroportos, hospitais e grandes centros de consumo”, detalhou o líder da Antram. Em relação às bombas de gasolina, que sofreram esta terça-feira de uma explosão na procura por parte dos portugueses, Gustavo Paulo Duarte clarificou que a requisição civil prevê que estas recebam pelo menos “30% do abastecimento previsto”, sendo que a distribuição e a escolha de que bombas serão abastecidas deverá ser “gerida com as próprias petrolíferas”, que indicarão quais os “pontos mais críticos”.

Apesar da definição dos serviços mínimos, certo é que enquanto a greve durar, os constrangimentos no acesso a combustível se deverão manter, acrescentou o responsável da Antram. Opinião secundada um pouco mais tarde por Pedro Pardal Henriques, do SNMMP, que à saída da reunião afirmou que o cumprimento dos serviços mínimos através da requisição civil “não resolverá os problemas”.

Já em relação à greve e aos seus motivos, o responsável da Antram voltou a referir que a Associação quer lidera rejeita negociar enquanto o SNMMP estiver em greve. “A Antram sempre esteve disposta a negociar, mas fora do contexto de greve. Não negociamos sobre pressão”, disse Gustavo Paulo Duarte.

Do lado do SNMMP, os responsáveis do sindicato apontaram à saída da reunião desta noite que este encontro “serviu para terem a promessa, à frente do ministro, de que a Antram está disponível para conversar connosco”, algo que veem como um passo importante, já que “ninguém quer este estado de calamidade a que estamos a chegar, referiu, sobre as falhas no abastecimento que já se começam a sentir na sequência da paralisação iniciada na segunda-feira. “Explicámos à Antram que não estamos contra eles, antes estamos a defender os trabalhadores”, referiram.

(Notícia atualizada às 23h20)

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