Riscos catastróficos aumentam

  • ECO Seguros
  • 29 Maio 2019

Têm-se tornados cada vez mais frequentes os riscos catastróficos e os valores liquidados pelos seguros têm igualmente crescido

A antecipação de riscos catastróficos é a melhor forma de os mitigar. Fernando Duarte, da Generali Portugal, num inquérito desenvolvido pelo Jornal Económico junto de representantes de seguradoras, lembra que os custos de uma catástrofe são repartidos pelos governos e pelas seguradoras. “O setor dos seguros é muito importante para as economias, porque em caso de eventos extremos as empresas não podem e não devem contar somente com eventuais ajudas económicas dos governos”, refere. Filipe Duarte, da Aon Reinsurance, chama a atenção para que “se recuarmos apenas 10 anos, encontramos as inundações na Madeira em 2010, a tempestade Gong que assolou todo o país em 2013, os incêndios florestais de junho e outubro de 2017 com gravíssimas consequências em termos humanos, a tempestade Leslie em 2018, entre outros mais pequenos”.

As seguradoras dispõem de muitos produtos de cobertura para as catástrofes previsíveis, como incêndios, tempestades, inundações vulcões ou temperaturas extremas. E se ocorrer uma catástrofe natural? Para Filipe Duarte “em Portugal continental, a ameaça de maior dimensão é o sismo. Uma repetição do sismo de 1755 teria efeitos devastadores”.

As coberturas para enfrentar financeiramente um abalo desta dimensão são precárias. “Estimamos que somente 65% das habitações portuguesas estejam cobertas contra o risco de incêndio e que, dessas, só 30% também incluam o risco sísmico, ou seja, só um quinto das habitações portuguesas estarão cobertas contra sismos. A penetração do risco sísmico nos segmentos de comércio e de indústria é genericamente maior do que para a habitação”, precisa o responsável da Aon Reinsurance.

E qual o impacto da tecnologia, nomeadamente a robótica e a digitalização na prevenção e na eficiência de cobertura dos seguros relacionados com catástrofes naturais? Para Johann Kopp, da Allianz Portugal “a utilização das novas tecnologias, como a robótica e digitalização, devem ser encaradas como oportunidades tendo em vista o impacto que podem revelar em várias áreas de atuação, sobretudo na simplificação e eficiência dos processos. A digitalização, em geral, traz também uma maior rapidez na resposta e no tratamento dos processos”.

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