Preço das casas em Portugal subiu 20% desde 2010. Superou média europeia

Casas na União Europeia estão cada vez mais caras e, nos últimos oito anos, a tendência tem sido sempre de aumento, diz o Eurostat. Mas, em Portugal, esse aumento foi superior.

O boom do mercado imobiliário tem-se alastrado por toda a União Europeia (UE). Nos últimos oito anos, as casas ficaram 15% mais caras, diz o Eurostat, com o maior aumento a acontecer na Estónia, enquanto a maior descida ocorreu em Itália. Mas, no que toca a Portugal, essa evolução foi bastante superior: mais de 20%.

“Os preços da habitação, incluindo as compras de casas e apartamentos novos e já existentes, flutuaram significativamente desde 2006, com taxas de crescimento homólogas na UE de cerca de 8% em 2006 e 2007, seguidos de uma queda de 4% em 2009, resultado da crise financeira. Os preços começaram a subir novamente em 2014“, refere o Eurostat, numa nota publicada esta quarta-feira.

Contudo, se analisarmos desde 2010, as casas ficaram mais caras 15% na UE e 11% na Zona Euro, com vários Estados-membros a registarem subidas bem acima dessas médias. A Estónia ocupa o topo da tabela, com uma subida de 83%, à frente da Letónia (61%) e da Áustria (56%). Cá em baixo está Itália, com uma queda de 17% nos preços das casas, à frente de Espanha (-12%) e do Chipre (-8%).

Portugal acima da média. Preço das casas disparou 20%

Como se tem notado, com base nos últimos dados que têm sido publicados pelo setor, os preços do imobiliário em território nacional têm batido máximos de vários anos, embora esse crescimento esteja a começar a desacelerar. De acordo com o Eurostat, desde 2010 até ao ano passado, as casas ficaram mais caras 20,18%, com uma clara subida desde 2012. No ano passado, os preços dos imóveis dispararam 10,3%, tendo esse sido o maior aumento observado desde, pelo menos, 2009.

No que diz respeito ao número de pessoas com casa própria, esta variável tem-se mantido estável. Em 2017, o dado mais recente disponível, este indicador aumentou 74,7% face ao ano anterior. Já sobre as pessoas que arrendam casa, a tendência é semelhante mas, em 2017, observou-se uma subida mais baixa: 25,3%.

Contudo, apesar dos preços estarem em constante subida, há cada vez menos pessoas para quem os custos de uma casa são um “peso”. De acordo com o Eurostat, este indicador está em queda desde 2015. Em 2017, apenas 6,7% da população portuguesa suportava com dificuldade os custos de habitação.

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