BRANDS' TRABALHO A importância das pequenas coisas na gestão de pessoas

  • BRANDS' TRABALHO
  • 12 Agosto 2019

Catarina Maria, EY Senior, fala sobre como o O employee engagement assume, cada vez mais, um papel central nas organizações.

O employee engagement assume, cada vez mais, um papel central nas organizações. As iniciativas desenvolvidas pelas áreas de Recursos Humanos para medir e promover o comprometimento e envolvimento dos seus colaboradores com a organização são inúmeras: planos de formação, oportunidades de carreira, pacotes de compensação total, sistemas de avaliação de desempenho disruptivos, programas de wellbeing ou de work / life balance, oportunidades de carreira internacionais…

Estamos focados nos principais sistemas de recursos humanos e nos grandes temas de reconhecimento e desenvolvimento. Avaliamos a satisfação dos colaboradores com estes temas em employee engagement surveys frequentemente e trabalhamos para termos a melhor oferta, de forma a conquistar os colaboradores, a mantê-los felizes e comprometidos com a organização e com os seus objetivo.

 

Ainda assim, vemos alguns dos melhores talentos das empresas a aceitarem outras oportunidades. O que nos está a faltar, enquanto gestores de pessoas, considerar e cuidar, de forma a termos sucesso em proporcionar verdadeiro bem-estar aos nossos colaboradores e manter os talentos na organização?

Ouvindo os colaboradores em conversas informais, existem alguns fatores que, muitas vezes, não consideramos nos employee engagement surveys, mas que provocam um sentimento de cansaço e, por vezes, fundamentam a decisão de abandonar uma organização: atividades não core, sobrecarga administrativa, burocracia, as rotinas da organização, o espaço de trabalho ou, simplesmente, os pequenos momentos e as pequenas conquistas que não são assinaladas e valorizadas.

Como gestores de pessoas, este alerta significa que não podemos focar-nos apenas nas grandes questões da Gestão e Sistemas de Recursos Humanos. Temos que considerar, nas nossas ações e iniciativas, um foco maior nestes outros temas e começar a procurar novas respostas nos employee engagement surveys e junto dos nossos Colaboradores.

 

Para isso, precisamos de começar a colocar novas questões.

Consideramos de forma adequada a organização e conforto dos espaços de trabalho?

A importância do espaço e ambiente físico assume cada vez mais uma importância crucial no desenho de novos empreendimentos empresariais, com espaços de trabalho inovadores e ergonómicos, que permitam conforto, saúde e produtividade. Espaços pensados para cada atividade, para cada equipa, para as reais necessidades de conforto no trabalho.

Pensamos e disponibilizamos as melhores ferramentas de trabalho aos nossos Colaboradores?

Pensar nas ferramentas de trabalho é uma escolha estratégica de negócio. Considerar as nossas pessoas e as suas competências quando escolhemos as ferramentas de trabalho assume uma importância tão crítica como considerar a capacidade tecnológica da organização. Termos as ferramentas certas, que funcionam de forma fluida e sem entropias, permite que os trabalhadores tenham uma maior vontade de as experimentar e utilizar, potenciando a sua adoção e o seu retorno para o negócio.

Promovemos processos de suporte simples e eficientes aos nossos talentos?

Os processos de suporte às atividades core são, muitas vezes, consumidores de tempo, energia e recursos. Procurarmos perceber quais são os processos de suporte que desviam o foco dos trabalhadores das suas atividades e objetivos, que lhes consomem tempo, e procurar simplificar esses processos contribui para uma maior comodidade nas suas rotinas, maior produtividade e mais satisfação com a organização.

Valorizamos os momentos quotidianos das nossas pessoas na organização?

Karalyn Smith, Chief People Officer da Sephora, líder de mercado em produtos de beleza, falou recentemente sobre a experiência da Sephora em reanalisar a experiência dos trabalhadores e de recentrar as práticas de recursos humanos nos momentos que importam para os colaboradores, com maior impacto na sua experiência na organização.

Um desses momentos consistia no acolhimento e integração de novos colaboradores. Mesmo sendo um processo formal de excelência, o primeiro impacto nos novos trabalhadores do local de trabalho era muitas vezes negativo. A razão? Apesar de ser um momento importante para os novos colaboradores, não era celebrado como tal! Assim, era uma oportunidade perdida de tornar este momento numa memória positiva e num momento com significado. Atualmente, este momento é de celebração de toda a equipa.

Nem sempre são, de facto, só as grandes questões que fazem a diferença… Os detalhes podem ter um peso fundamental! Estarmos preparados para trabalhar estas pequenas coisas e saber aproveitar os momentos de impacto, pode fazer a diferença na relação que estabelecemos com as nossas pessoas a longo prazo.

 

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