“It’s oh so quiet” no S90 PHEV

Parece um elétrico puro, mas é híbrido. E muito potente, o que torna a condução desta berlina familiar sueca bastante divertida. E também económica na hora de atestar.

Não, a Björk não é sueca como a Volvo. Mas a primeira coisa que vem à cabeça quando ligo a ignição do S90 PHEV é a música da cantora islandesa, a “It’s oh so quiet…”. Mesmo com o “Shh shh”… Nada. Silêncio absoluto. Mérito da qualidade de isolamento do topo de gama, mas principalmente da tecnologia híbrida debaixo do capot que só deixa esta berlina de luxo ronronar quando o pé é mais vigoroso no acelerador.

Só se percebe que o S90 está ligado porque de repente todo o ecrã por detrás do volante, mas também o do infoentretenimento a meio do tablier, em posição vertical, se acende. Em modo Hybrid, ou do “dia-a-dia”, como a marca o cataloga, não há conta-rotações. Há um círculo com uma linha digital com uma marcação: até ali, anda com a bateria, daí para cima a gota do ecrã diz-nos que vamos gastar gasolina.

A sair do estacionamento, mas mesmo a rolar a baixa velocidade é como se estivéssemos efetivamente a conduzir um automóvel elétrico. E mesmo quando passamos para a gasolina, a transição é feita de forma bastante suave. O dois litros de quatro cilindros que preenche toda aquela dianteira — que é enorme — não só pouco se ouve como revela ser extremamente bem-comportado, apesar de toda a potência.

São, no total, 390 cv disponíveis debaixo do pé direito, ajudados por uma caixa automática de oito velocidades que nunca se mostra indecisa. Está muito bem escalonada, permitindo uma viagem a bordo em total conforto e segurança. Bancos ergonómicos em pele ajudam a essa sensação, sendo que todos os detalhes de luxo da edição Inscription — aplicações em madeira e manete da caixa em cristal, no interior, frisos cromados no exterior — acabam por ser a cereja no topo do bolo. Ou melhor no topo do topo de gama sueco.

Mesmo quando trocamos o Hybrid pelo Power — há ainda o Pure e o AWD –, a caixa de velocidades revela-se à altura de toda a potência que a marca injetou nesta berlina de quase cinco metros de comprimento. Aí, a gasolina é rainha, mas o motor elétrico está lá para dar aquele empurrão extra que deixa quem se cruza com o S90 um pouco confuso… É que um automóvel deste tamanho com uma capacidade de aceleração destas não é muito comum. Podia ser uma berlina amorfa, mas não. É bastante divertida de conduzir.

Velocidades mais elevadas permitem regenerar mais bateria para o motor elétrico, mas não nos deixemos enganar: a bateria vai-se embora muito mais rápido do que regenera. Há 50 quilómetros elétricos neste híbrido plug-in (que carrega no para-lamas dianteiro, do lado do condutor) que ajudam e muito a manter os consumos bem controlados. É fácil fazer 6 litros/100 km de média, mesmo sem grandes preocupações para tal. Há utilitários que não o fazem. Quando a bateria acaba, os números acabam por aumentar de sobremaneira. 8, 8,5 litros, mas mesmo assim não são valores proibitivos. Já o preço a partir de 75 mil euros não está ao alcance de todas as carteiras.

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