Fidelidade quer 80 milhões pela sede no Calhariz. E fica como inquilina

Um dos cinco imóveis que a Fidelidade está a tentar vender é a sede do Calhariz, no Chiado. Contudo, se a venda acontecer, a seguradora vai lá continuar como arrendatária.

Apesar de estar à procura de comprador para a sede no Calhariz — e para outros quatro imóveis — a Fidelidade não pretende abandonar o edifício, pelo menos durante quatro ou cinco anos. O objetivo da seguradora é alienar o imóvel por um preço mínimo de 80 milhões de euros, e continuar como arrendatária até se mudar definitivamente para os antigos terrenos da Feira Popular, comprados no final do ano passado por 273,9 milhões de euros.

O edifício cor-de-rosa no número 30 do Largo Calhariz, no Chiado, em Lisboa, com 19.835 metros quadrados acima do solo, está no mercado à procura de um novo dono. É uma das sedes que a Fidelidade tem, dado que tem vários serviços dispersos pela capital. A ideia é, então, vendê-lo, mas através de uma operação de sale & leaseback, ou seja, continuar com arrendatária, sabe o ECO.

Fidelidade, Calhariz

O imóvel tem potencial uso turístico, para escritórios, residencial e até retalho, refere o prospeto a que o ECO teve acesso. Além da própria Fidelidade, há ainda a Caixa Geral de Depósitos como inquilino. Dado o valor do metro quadrado naquela zona, que ronda os 4.000 euros, as propostas mínimas deverão rondar os 80 milhões de euros, de acordo com estimativas de fontes do mercado.

Este é um dos cinco imóveis que a seguradora tem à venda neste momento, num portefólio chamado ARYA, e que pretende alienar até ao final do ano por cerca de 130 milhões de euros.

À sede do Calhariz juntam-se o Terminal K, em Santa Apolónia (6.630 metros quadrados e potencial uso hoteleiro), o Marechal Saldanha (2.334 metros quadrados), o Malhoa 13 (com 5.924 metros quadrados, na Praça de Espanha) e a Galeria de Paris (com 12.882 metros quadrados, no Porto, próximo à Torre dos Clérigos). Contudo, o negócio apenas acontecerá se as propostas recebidas forem aliciantes.

Em dezembro do ano passado, a seguradora adquiriu os antigos terrenos da Feira Popular, em Entrecampos, por 273,9 milhões de euros, um valor bastante superior ao que estava a ser pedido. Naquele espaço, que conta com um projeto inicial definido pela Câmara de Lisboa, vão nascer espaços de comércio, habitação, parques de estacionamento e zonas verdes. Será também aqui que vai ser construída a nova sede da Fidelidade.

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