José de Mello e Arcus negoceiam venda de 80% da Brisa

  • ECO
  • 25 Outubro 2019

Os dois maiores acionistas da Brisa estão em contacto com potenciais interessados em adquirir a maioria do capital da Brisa. O objetivo é fechar o negócio até junho do próximo ano.

O Grupo José de Mello e a Arcus estão à procura de compradores para a Brisa. Os dois principais acionistas já mandataram bancos para contactarem potenciais interessados em adquirir até 80% do capital da empresa, avança o Jornal de Negócios (acesso pago), que refere ainda que o negócio deverá ficar concluído no final do primeiro semestre do próximo ano.

“O Grupo José de Mello decidiu vender parte da sua participação na Brisa, num processo de venda conjunto com o fundo Arcus, seu atual parceiro acionista, através da venda de dois blocos acionistas, representativos, cada um, de cerca de 40% dos direitos de voto“, disse uma fonte oficial da Brisa ao Negócios.

Recorde-se que o ECO avançou em junho, no ECO Insider, com a notícia da intenção da Arcus de sair do capital da Brisa. E já então, o grupo Mello estava também a avaliar se seguiria a mesma opção — isto depois de a José de Mello ter deixado passar o prazo para exercer o chamado right of first offer, ou o direito de fazer a primeira oferta no processo de compra da posição acionista do fundo Arcus.

Os bancos que representam cada um dos acionistas — Rothschild e Caixa BI da Brisa e Morgan Stanley e o Millennium BCP Investment Banking do Arcus — já iniciaram os contactos com potenciais investidores e a operação deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre de 2020. O ECO avançou que a avaliação da Brisa rondará os dois mil milhões de dólares, cerca de 1,77 mil milhões de euros.

Recentemente, a Reuters avançou que o francês Ardian e os australianos Macquarie e IFM são os dois fundos que estão a preparar ofertas, a par da empresa espanhola GlobalVia. Além destes, há ainda um operador rodoviário atento à operação.

Com esta operação, o Grupo de José de Mello vai abandonar o controlo da empresa, mas pretende “iniciar um novo ciclo de parcerias para o seu principal ativo, continuando como acionista de referência, com uma participação de cerca de 20%“.

O Grupo José de Mello tem atualmente 52,8% do capital da Brisa, 30% diretamente e 55% através da Tagus Holding, enquanto a Arcus Infrastructure Partners detém diretamente 19,09% do capital e ainda 45% da Tagus.

Entre as várias concessões detidas pela Brisa, a mais relevante é a Brisa Concessões Rodoviárias, que gere 12 autoestradas, entre as quais a A1 e a A5, e lucrou 166,8 milhões de euros em 2018, um crescimento de 23,5% face ao ano anterior.

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