BRANDS' TRABALHO Os líderes de hoje – o que mudou?

  • BRANDS' TRABALHO
  • 9 Dezembro 2019

Patrícia Vicente, EY Manager, People Advisory Services, destaca a mudança entre o estilo de liderança que observamos nos dias de hoje nas Organizações e aquele que encontrávamos há uma década atrás.

O estilo de liderança tradicional teve necessariamente de sofrer uma transformação para que as empresas conseguissem acompanhar a exigência, os desafios do mercado e das pessoas, através de modelos menos autoritários, distantes e focados no processo, para formatos próximos, influenciadores e orientados para as pessoas.

O que mudou nos líderes?

Quando pensamos num líder, traçamos um perfil carismático, resiliente, ambicioso e poderoso. Pela natureza do perfil e das responsabilidades associadas, algumas destas características permanecem nos líderes modernos, mas a estas foram acrescendo competências e características que permitem aos atuais líderes acompanhar os tempos modernos – um mercado competitivo, tecnológico e que se move a alta velocidade.

A globalização, os desafios tecnológicos, a competitividade, as novas gerações e até as crises financeiras, criaram nas empresas cenários exigentes que impõem uma reinvenção constante das Organizações e dos que dela fazem parte.

Os líderes atuais deixaram para trás a figura rígida e distante, para assumir um papel transformador e inspirador nas pessoas. Este novo paradigma da liderança requer uma elevada energia emocional para motivar, inspirar e unir as equipas à volta dos objetivos e da estratégia que são traçados nas empresas.

Se no passado o líder tomava uma atitude maioritariamente autoritária, de difícil acesso e assumindo uma figura implacável, os líderes atuais adotam um estilo de maior proximidade com a equipa: estão lado a lado, inspiram pelo exemplo, estimulam o desenvolvimento individual e coletivo, preocupam-se em conhecer profundamente cada pessoa, o que as motiva e o que ambicionam – no fundo, criam empatia com as pessoas, estabelecem uma conexão.

É facto que nem todos os líderes adotaram esta mudança ou atuam em linha com estas características, mas as pessoas e as Organizações têm consciência da necessidade e da importância desta transformação e de que o novo paradigma da liderança é, na verdade, um trabalho contínuo.

Liderar, hoje, requer muito mais energia emocional para motivar, inspirar e unir as pessoas em torno dos mesmos objetivos. Mas também requer uma atitude mais humilde, através do reconhecimento dos pontos fortes e de melhoria, da identificação e preocupação em trabalhar as áreas do desenvolvimento do próprio líder – assumir as fraquezas faz parte do processo de evolução e promove a aproximação entre o líder e o liderado.

A vulnerabilidade surge como parte do processo de crescimento. Mais do que líderes “modernos”, os líderes de hoje são líderes emocionais.

E os líderes do futuro?

Com uma tendência para negócios cada vez mais voláteis, robotizados e digitais, a flexibilidade das Organizações torna-se essencial para o alcance de uma lógica focada na mudança e no imediato. A capacidade para uma resposta rápida é crucial. Naturalmente as competências e os conhecimentos necessários devem acompanhar este movimento, seja dos líderes como dos liderados. Para o líder acentua a vertente relacional. As competências de inteligência cognitiva e da capacidade de adaptação da abordagem a cada situação particular (liderança situacional), juntamente com as exigências de uma inteligência emocional, serão cada vez mais exigidas aos líderes.

O papel do líder será cada vez mais de facilitador da mudança, com uma comunicação clara e efetiva, apoiando as pessoas da co-criação de resultados positivos. Espera-se cada vez mais a criação de líderes autênticos, que, assumindo o papel de facilitadores, apresentam propósitos claros e promotores de uma aprendizagem contínua, a sua inclusive. Naturalmente, esta visão do líder apenas é possível numa cultura organizacional focada na confiança e no empowerment.

A liderança do futuro será muito menos sustentada em modelos de liderança tradicionais e muito mais numa efetiva capacidade prática de empreender em conjunto com a equipa, inspirando-a a descobrir novas formas e soluções, tomando decisões no momento oportuno e superando os desafios em conjunto e celebrando os sucessos.

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