Marques Mendes: “BE e PCP não têm alternativa senão abster-se” no OE

Comentador diz que a esquerda deve abster-se na votação do Orçamento do Estado e alerta para uma legislatura com "menos ação governativa".

Luís Marques Mendes acredita que não resta à esquerda — Bloco de Esquerda e PCP — abster-se da votação do Orçamento do Estado que decorre, durante a próxima semana, no Parlamento. No seu habitual comentário de domingo, na SIC, o comentador diz acreditar que a abstenção é a alternativa para a esquerda, depois do desaparecimento da Geringonça.

O BE e o PCP não têm alternativas senão abster-se. Não podem votar a favor porque, hoje em dia, não têm influência política. Faziam de amigos do Governo mas de pouco amigos deles mesmos. Um voto contra, em contrapartida, seria passar do 8 ao 80. Têm de se abster”, disse o comentador esta noite, em conversa com a jornalista Clara de Sousa.

A abstenção à esquerda deverá, assim, ser uma forma de evitar uma “crise política”. “Ninguém vai criar uma crise política depois das eleições. Daqui a um ano, também não porque ninguém vai querer abrir uma crise política em vésperas de eleições Presidenciais. O problema vai ser o OE para 2022“, salvaguardou, acrescentando: “Aí pode haver uma crise política que dependerá do estado do Governo, do partido, do resultado das autárquicas e de quem for o líder do PSD”.

Luís Marques Mendes alertou ainda que esta legislatura será de poucas propostas. “O Governo vai apresentar poucas leis ao Parlamento porque não tem garantias. Vai legislar menos e isso repercute-se em menos ação governativa”, sublinhou o comentador político.

Sobre o outro tema político que marcará a próxima semana — as eleições internas no PSD — o comentador acredita que Rui Rio e Luís Montenegro deverão obter votações semelhantes, levando, pela primeira vez, a um cenário de segunda volta. “Admito que Rio possa ter uma ligeira vantagem sobre Montenegro à primeira volta e haverá, muito provavelmente, uma segunda. Miguel Pinto Luz deverá ter um resultado acima das suas expectativas, entre 12 e 15%”, detalhou o comentador.

 

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