“É completamente possível” Bulgária aderir ao euro em 2023, diz diretora-geral do FMI
O objetivo de 2023 "é completamente possível", disse a búlgara Kristalina Georgieva, afirmando ter abordado esse assunto com Christine Lagarde.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), a búlgara Kristalina Georgieva, afirmou este domingo que é “completamente possível” o seu país aderir à zona euro em 2023, depois de conversas com o Banco Central Europeu (BCE).
O objetivo de 2023 “é completamente possível”, estimou a diretora-geral do FMI e antiga presidente do Banco Mundial, em entrevista à rádio pública búlgara BNR. Kristalina Georgieva confirmou ter abordado esse assunto com a sua predecessora no FMI, Christine Lagarde, que é a atual presidente do Banco Central Europeu, à margem do Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça.
“Christine Lagarde vê um desenvolvimento positivo relativamente à Bulgária. Ela espera que os projetos de adesão à zona euro se realizem como previsto”, declarou na mesma entrevista, citada pela AFP.
A também antiga comissária europeia búlgara (2010-2016) defendeu que “a Bulgária tem interesse em entrar na zona euro para poder apoiar-se na capacidade de proteção” do BCE, num contexto em que “o mundo se torna constantemente mais turbulento”.
O ministro das Finanças búlgaro, Vladislav Goranov, anunciou recentemente que a Bulgária deverá aderir até abril ao mecanismo de taxas de câmbio ERM II (‘Exchange Rate Mechanism‘, na sigla em inglês), tido como a “antecâmara do euro”. O mecanismo opera a integração no quadro de regulação bancária da zona euro e do sistema de paridade cambial fixa, no qual um Estado deve permanecer pelo menos dois anos antes de entrar na zona euro.
A Bulgária, membro mais pobre da União Europeia mantém a sua moeda, o lev, indexado ao euro desde 1999 a uma taxa fixa. O mecanismo ERM II prevê que a moeda nacional de um país candidato à zona euro possa flutuar com uma margem à volta de 15% nos dois anos anteriores à adoção do euro. O país está desde 1997 em regime de austeridade orçamental, o que lhe permite manter os indicadores macroeconómicos estáveis e um baixo nível de dívida pública (28% do produto interno bruto em outubro de 2019).
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