Covid-19 já é passado para 48% dos chineses ricos
Um inquérito junto de consumidores chineses do segmento alto traduz um sentimento já optimista sobre efeitos do Covid-19 na saúde e hábitos de consumo, mas algum impacto financeiro.
O estudo a que a ECOseguros teve acesso foi conduzido pela Altiant, uma consultora especialista em pesquisas setoriais para agências, especialistas de marketing e outros clientes corporativos que operam no segmento de luxo, tendo sido realizado entre 01 e 09 de março, nas cidades de Beijing, Xangai, Shenzen e Guangzou, com base em entrevistas a uma amostra de mais de 250 consumidores com rendimento médio estimado de 121 mil euros (957 mil yuan por agregado familiar).
Ao nível da saúde, o inquérito mostra que, em termos de efeitos na saúde (do respondente e da sua comunidade), 48% das respostas assumem que a ameaça da doença Covid-19 já ficou para trás. Na vertente de gastos de consumo, 40% dos entrevistados dizem que os efeitos mais negativos no comércio passaram.
Paralelamente, 81% desses chineses ricos acreditam que uma sensação de normalidade estará reposta em três meses ou menos, ou seja, tendo em conta a data de recolha dos dados, a situação terá regressado à normalidade até meados de junho. Decompondo esta fatia de mais otimistas, 26% espera que tudo normalize no prazo de um mês ou menos, enquanto os restantes 55% estende a expectativa para o intervalo de um a três meses.
Tentando aferir os impactos financeiros sobre o comportamento futuro destas pessoas no contexto do surto pelo novo coronavírus, o relatório relaciona as respostas obtidas com as medidas governamentais decretadas para o setor de consumo. Cerca de 70% da amostra admite que o surto infeccioso irá afetar significativamente (22%) ou de forma um pouco negativa (48%) as economias pessoais.
Este dado, sustenta a Altiant, pode levar a uma diminuição dos gastos nos próximos trimestres e a uma desaceleração com amortecimento de novos gastos e investimentos. Mas, “8% dos inquiridos sentem-se realmente melhor por causa do surto. Talvez este grupo, mais os que respondem de forma neutra, ajude a liderar a recuperação quando a normalidade voltar”, adianta o estudo junto dos chineses HNWI (High-Net-Worth-Individuals).
Finalmente, o inquérito incluiu uma pergunta aberta sobre o que estes consumidores gostariam de ver as empresas de artigos de luxo fazer para ajudar sua comunidade a voltar à normalidade.
Entre a ideias mais recorrentes, o estudo lista as seguintes: “Produzir máscaras de marca de luxo e ou doar máscaras de uso médico, Fazer doações para outras causas como a pesquisa de vacinas.”; “Implementar campanhas agressivas e ofertas on-line para que a retoma do consumo seja mais rápida”; “Patrocinar eventos de caridade em áreas-chave atingidas.”
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