No mês do arranque da moratória, prestação da casa com Euribor a 6 meses sobe

Famílias com o crédito da casa associado à Euribor a seis meses vão ver a prestação subir 0,42% em abril. Empréstimos com indexantes a três e 12 meses beneficiam de alívio de encargos de 0,32% e 2,2%.

As famílias com crédito à habitação indexado à Euribor a seis meses cujos contratos sejam revistos neste mês de abril, vão sentir um agravamento no valor da prestação da casa, apesar de ligeiro. Subida coincide com o arranque da disponibilização de moratórias de crédito pelos bancos, medida que irá permitir às famílias mais fustigadas pelos efeitos económicos do coronavírus beneficiarem da suspensão do pagamento das prestações do crédito da casa.

Em termos práticos, considerando o cenário de um empréstimo no valor de 100 mil euros, por um prazo de 30 anos, e com um spread de 1%, as famílias com créditos associados à Euribor a seis meses vão ver a prestação subir 0,42%. Serão mais 1,29 euros, colocando o valor da prestação mensal nos 305,15 euros.

Para os créditos que usam os restantes indexantes, as revisões de abril trazem, contudo, um novo alívio de encargos.

Evolução da Euribor a três meses no último ano

Fonte: Reuters e Lusa

No caso dos contratos indexados à Euribor a três meses, a redução rondará os 0,32%, correspondendo a menos 98 cêntimos por mês, com a prestação a recuar para 302,84 euros ao longo dos próximos três meses.

Mais compensados ainda serão os agregados com empréstimos associados à Euribor a 12 meses — indexante que domina o grosso dos nossos financiamentos para a compra de casa –, já que vão ter um corte de encargos que supera os 2%. Nestes casos, a prestação baixa 2,2%, ou o equivalente a 7,09 euros, com o encargos mensal a fixar-se nos 309,57 euros ao longo do próximo ano. Trata-se de um mínimo histórico.

A descida dos encargos nos créditos da casa com Euribor a três e 12 meses acontece apesar da recente inversão de sentido nos indexantes. Essa situação é particularmente notória no caso da Euribor a três meses que depois de ter atingido um mínimo histórico a 12 de março, tem vindo a acumular sucessivas subidas, tornando-se cada vez menos negativa, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter optado por não rever em baixa a taxa de depósito, contrariando o esperado pelo mercado. A expectativa era que essa ferramenta pudesse vir a ser usada no combate à ameaça de recessão económica na Zona Euro devido ao coronavírus.

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