Número de infetados com coronavírus aumenta 2%. Há 903 mortos e 1.329 recuperados

Até à meia noite, o número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal subiu para 23.864, enquanto o número de mortes provocadas pelo coronavírus aumentou para 903.

As autoridades de saúde portuguesas identificaram 472 novos casos de Covid-19, elevando de 23.392 para 23.864 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 2%, o que compara com os 2,61% registados ontem. Nas últimas 24 horas, morreram mais 23 pessoas, elevando o número de vítimas mortais para 903, de acordo com os dados da Direção-Geral de Saúde divulgados este domingo.

Segundo o último balanço das autoridades de saúde, dos 23.864 casos confirmados em Portugal por Covid-19, 1.005 pessoas estão atualmente internadas, das quais 182 em unidades de cuidados intensivos (menos 4 do que ontem). A maioria dos doentes continua ser tratada no domicílio (86%).

Quanto ao número de mortes, há mais 23 óbitos declarados nas últimas 24 horas pela doença, menos do que o aumento de ontem. No total, já 903 pessoas já morreram desde que o surto foi detetado no país, a 2 de março.

O número de pessoas recuperadas continua a aumentar. São agora 1.329 recuperados, mais 52 do que no balanço anterior. Há ainda 4.673 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, bem como 30.453 em vigilância pelas autoridades de saúde.

Porém, é de assinalar uma mudança metodológica revelada ontem na norma 4 que se refere aos casos recuperados: agora está livre da doença quem tenha tido os seus sintomas ultrapassados e tenha testado negativo para Covid-19 uma vez (e não duas, como anteriormente), para o caso dos doentes sem internamento hospitalar. Para os internados o critério dos dois testes negativos, com intervalo de 24h, mantém-se.

O Norte continua a ser a região mais afetada, com um total total de 14.386 casos confirmados e 519 vítimas mortais. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo conta com 5.531 casos e 175 mortes e o Centro com 3.232 pessoas infetadas e 188 mortes.

No Algarve, há 322 infetados e 12 vítimas mortais, enquanto o Alentejo tem 187 casos confirmados e uma morte. Nas regiões autónomas, há 120 casos de infeções nos Açores, sendo que morreram já oito pessoas. Na Madeira não há registo de vítimas mortais, sendo que se mantêm os 86 doentes confirmados.

Maioria das transmissões acontece na coabitação

Na conferência de imprensa deste domingo, a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que é preciso ter mais informação sobre os locais de infeção e as condições em que as pessoas são infetadas, apelando aos médicos para preencherem os dados o mais possível, de forma a conseguir perceber se as medidas adotadas são ou não eficazes.

Tendo em conta uma amostra de 2.958 casos confirmados entre 18 e 24 de abril, os resultados mostram que a coabitação é o principal contexto de transmissão (30%). Segue-se as situações de surto (25%), ou seja, dos casos em instituições coletivas como os lares, as IPSS, dois hostels e uma empresa, segundo a ministra, 9% dos casos confirmados que tinham informação sobre o local referiam casos de transmissão social, isto é, entre amigos e familiares não coabitantes.

Marta Temido voltou a pedir “responsabilidade individual” a todos para que “ninguém baixe as medidas de prevenção de transmissão da infeção”, como o distanciamento social e as regras de higiene. E passou quatro mensagens concretas: a doença não está ultrapassada; mantém-se a necessidade de cumprir as medidas de saúde pública; as autoridades de saúde continuarão a monitorizar a situação, podendo reverter o levantamento das restrições; e “não haverá um regresso à normalidade tal como a conhecíamos” até haver uma vacina ou um tratamento eficaz.

A ministra da Saúde abriu a porta a medidas específicas por locais, tendo em conta a evolução da pandemia nas diferentes regiões, referindo que essa estratégia já foi adotada no passado (com a cerca sanitária em Ovar). “Há zonas que estão a ser mais infetadas do que outras (…) não é algo uniforme“, referiu depois Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, assinalando a necessidade de monitorizar e vigiar “de perto” para saber se as medidas adotadas são as adequadas e para identificar “pequenos focos” onde o surto possa desenvolver rapidamente.

A ministra da Saúde também recomendou aos trabalhadores que meçam a temperatura duas vezes ao dia e que não vão trabalhar caso estejam com sintomas.

(Notícia atualizada com mais informação às 13h42)

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