Preços das casas no Porto subiram mais do que em Lisboa. E em cada freguesia?

Os preços das casas nas duas principais cidades do país continuam a superar a média nacional. Mas, embora Lisboa continue a ser a mais cara, no Porto os preços subiram quase o dobro face à capital.

Lisboa continua a ser a cidade mais cara do país para viver mas, pela primeira vez em quatro anos, a subida dos preços ficou abaixo da média nacional. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes ao ano passado já mostram uma desaceleração do mercado imobiliário na capital e prova disso é que no Porto, os preços subiram quase o dobro do que em Lisboa. Mas será que a nível de freguesias a tendência foi semelhante?

No ano passado, as habitações vendidas na cidade de Lisboa custaram, em média, 3.247 euros por metro quadrado, uma subida de 7,9% face a 2018. Lisboa continua a ter o título de município mais caro do país mas, pela primeira vez desde 2016, a evolução dos preços das casas na capital ficou abaixo da média nacional, que se fixou nos 8,5% para os 1.081 euros o metro quadrado.

Em termos de freguesias, Santo António continua no topo da tabela com os preços mais elevados, numa média de 4.932 euros por metro quadrado, um aumento de 8%. Atrás aparece a Misericórdia (4.813 euros por metro quadrado e uma subida de 16,7%) e Santa Maria Maior (4.483 euros, +4,3%). As freguesias mais baratas são Santa Clara (2.354 euros, +19,6%), Beato (2.385 euros, +2,9%) e os Olivais (2.430 euros, +12,9%).

Preços das casas vendidas em Lisboa em 2019 | Fonte: INEECO

Em termos de evolução, os maiores aumentos foram observados na freguesia do Parque das Nações, onde os preços subiram 27,3% para uma média de 4.132 euros por metro quadrado. Atrás aparece Santa Clara (+19,6%) e a Misericórdia (+16,7%). No lado oposto, houve duas freguesias onde os preços das casas caíram: em Carnide (uma descida de 3,4% para 2.884 euros o metro quadrado) e no Lumiar (uma queda de 1,4% para 2.674 euros).

Preços no Porto chegam quase aos 2.500 euros

Na cidade do Porto, que é o sétimo município mais caro do país, de acordo com o INE, os preços subiram 14% para uma média de 1.837 euros o metro quadrado. No ano passado, a Invicta destacou-se ao superar a média nacional mas, principalmente, por ter uma evolução superior à de Lisboa (7,9%).

Analisando mais detalhadamente, há quatro freguesias onde os preços das casas superaram os preços medianos da cidade. A União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde continua a ser a mais cara, com um preço médio de 2.492 euros por metro quadrado, o equivalente a uma subida de 8,9% face a 2018. Atrás aparece a União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos (2.143 euros, +14,7%) e a União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (2.038 euros, +8%).

Preços das casas vendidas no Porto em 2019 | Fonte: INEECO

Por sua vez, Campanhã continua a ter o título de freguesia mais barata do Porto para comprar casa, com uma média de 1.182 euros por metro quadrado, o que representa um aumento de 15,3% face a 2018, à frente de Ramalde (1.648 euros, +7,3%) e Paranhos (1.667 euros, 23,4%).

Em termos de evolução dos preços, os maiores aumentos foram observados em Paranhos (23,4%) e no Bonfim (18,9%), enquanto as subidas menos acentuadas aconteceram em Ramalde (7,3%) e na União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (8%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Preços das casas no Porto subiram mais do que em Lisboa. E em cada freguesia?

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião