Petróleo dispara 10%. Brent negoceia acima de 35 dólares

Petróleo acelera nos dois lados do Atlântico, com o crude norte-americano a juntar-se ao Brent londrino na casa dos 30 dólares por barril. Cortes de produção e sinal de recuperação da procura ajudam.

As cotações do petróleo disparam nos mercados internacionais, com o crude em destaque. A cotação do “ouro negro” norte-americano valoriza mais de 10%, voltando a negociar acima da barreira dos 30 dólares por barril, aproximando-se do Brent transacionado em Londres. Os recentes cortes de produção a par dos sinais de recuperação da procura à medida que reabrem as economias ajudam a puxar pelos preços do petróleo.

O barril de crude WTI acelera 12,54%, para 33,12 dólares, até máximos de mais de dois meses (10 de março) em Nova Iorque. Já o Brent avança 9,82%, para 35,69 dólares em Londres, fasquia máxima desde 11 de março.

“Os preços do petróleo podem mostrar um impulso positivo à medida que aumenta a flexibilização das restrições de mobilidade”, refere Stephen Innes, responsável pela estratégia global de mercados da AxiCorp, referindo-se ao alívio das medidas de confinamento impostas para o combate ao coronavírus.

Petróleo acelera em Londres

A subida das cotações do petróleo acontece a apenas um dia da data em que expira o contrato do WTI, em Nova Iorque, sinalizando que não se repetirá a derrocada de há um mês que levou a cotação do “ouro negro” a assumir valores negativos pela primeira vez na história. Tal enquadra-se num contexto em que a procura de combustíveis brutos e derivados recupera dos níveis mínimos, à boleia da retoma de atividade económica.

Também a apoiar a recuperação dos preços do petróleo, estão os cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, incluindo a Rússia, grupo conhecido como OPEP +.

O principal exportador mundial da Arábia Saudita anunciou na semana passada que cortaria um milhão de barris adicionais por dia em junho, enquanto a OPEP + deseja manter os cortes de petróleo existentes além de junho, quando o grupo se volta a reunir.

A dar fôlego às cotações estão ainda as palavras do presidente da Reserva Federal dos EUA, com Jerome Powell a revelar uma perspetiva otimista relativamente à recuperação económica no final deste ano.

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