BRANDS' TRABALHO Trabalho para um regresso seguro

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  • 18 Maio 2020

Planear, definir e proteger. Marta Santos, Associate Partner EY, People Advisory Services, resume as medidas impostas às empresas para um regresso ao local de trabalho em segurança.

Estamos a reabrir a economia. Milhares de pessoas tentam retomar a normalidade possível, depois de um longo período de confinamento, em que 58% das empresas em Portugal tiveram pessoas em regime de teletrabalho – 92%, se nos focarmos apenas nas grandes empresas (dados do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19, INE, 5 de maio de 2020).

Sabemos que o regresso é faseado e tem de ser cuidadoso. A Autoridade para as Condições de Trabalho ACT divulgou uma série de recomendações para as empresas e os trabalhadores, que passam pela higienização de espaços, o distanciamento físico, o equipamento de proteção, a ventilação e a etiqueta respiratória, num total de 19 medidas, divulgadas a 28 de abril, devidamente alinhadas com a Direção Geral de Saúde (DGS) e com as medidas defendidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Este regresso é também condicionado, obviamente, pelas questões relacionadas com o cuidado das crianças, mantendo-se as escolas fechadas, mas também com a falta de outras respostas sociais (como Centros de Dia, Lares, etc) que impedem os trabalhadores de terem uma total disponibilidade para esse retorno.

Estas medidas impõem às empresas uma adaptação da sua força de trabalho, de forma a promover a continuidade do negócio.

Assim, é preciso:

Planear o regresso com segurança.

É preciso identificar quem será responsável pelo planeamento da retoma. Esta equipa deve acompanhar as recomendações das entidades responsáveis, de forma incorporar no plano de regresso as melhores práticas, atendendo em primeiro lugar à segurança das pessoas, à estrutura da empresa e à atividade das suas diversas áreas naquilo que é a realidade operacional.

O que a empresa precisa de adaptar em termos dos seus processos, das suas instalações, dos equipamentos, dos horários de trabalho? Quem é responsável pala avaliação de riscos, pela monitorização e pela comunicação?

Definir quem vai retomar o trabalho presencial.

É preciso definir quais são as atividades que vamos priorizar em termos de regresso ao trabalho presencial. Conhecer as competências críticas que necessitamos. Reconhecer que é fundamental que essas competências sejam alvo de um plano de transferência de conhecimento que permita a sua duplicação.

Como vamos organizar o espaço físico de trabalho? Quantos trabalhadores podem estar simultaneamente nas instalações? Quem são os trabalhadores que têm de voltar a estar fisicamente no local de trabalho? Quem não tem condições para retomar a atividade presencial (trabalhadores em grupos de risco, com filhos menores, em quarentena obrigatória…)?

"A confiança que os trabalhadores têm na capacidade de a empresa promover as condições necessárias para um regresso seguro vai ter um impacto muito significativo na sua motivação e na sua produtividade.”

Marta Santos

Associate Partner EY

Proteger a nossa força de trabalho.

Só conseguimos tomar decisões de gestão devidamente fundamentadas, se tivermos dados reais que as sustentem. Para proteger os nossos trabalhadores, precisamos de conhecer as suas necessidades, a sua situação real face a um contexto que para todos é novo, as suas expectativas relativamente ao trabalho, os seus receios… Precisamos de monitorizar a sua reação na fase de retoma e o impacto que as políticas e procedimentos adotados têm no seu bem-estar e na sua produtividade.

A confiança que os trabalhadores têm na capacidade de a empresa promover as condições necessárias para um regresso seguro vai ter um impacto muito significativo na sua motivação e na sua produtividade.

A capacidade das empresas em transmitir este sentimento de proteção, segurança e apoio é fundamental para a sua sustentabilidade, para a sua imagem e para garantir a continuidade.

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