Há 192 novos casos de coronavírus. 77,6% são em Lisboa e Vale do Tejo

Há mais 192 novos casos de coronavírus face a este domingo, elevando para 34.885 o número total de pessoas infetadas com a doença. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar o maior número de novas infeções, tal como tem sido tendência nos últimos dias. Até ao momento já faleceram 1.485 pessoas e contam-se 21.156 casos de recuperação.

Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 366 estão internados, dos quais 55 nos cuidados intensivos. Há 1.603 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e mais de 28 mil sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que apareceu em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte de 1.485 pessoas, seis das quais nas últimas 24 horas. Já quanto ao número de recuperados, este está nos 21.156.

Tal como se tem observado nos últimos dias, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das novas infeções. Dos 192 novos casos registados nas últimas 24 horas, 149 foram nesta região: 77,6% do total do país.

Ainda assim, o Norte continua a ser a região com mais casos registados até ao momento (16.948 casos de infeção e 807 mortes), à frente da região de Lisboa e Vale do Tejo (13.222 casos e 403 mortes), o Centro (3.826 casos e 244 mortes), o Algarve (389 casos e 15 mortes) e o Alentejo (268 casos e uma morte). Nas ilhas, os Açores registam 142 casos e 15 falecimentos, enquanto a Madeira tem 90 pessoas infetadas.

“Temos de ser cautelosos na apreciação destes números”

De acordo com o secretário-geral de Saúde, a taxa de letalidade está atualmente nos 4,6%, aumentando para os 17,4% nas pessoas com mais de 70 anos. Para António Sales, os dados desta segunda-feira são “aparentemente mais animadores”, mas é preciso ser realista, devido a uma “certa subnotificação de casos devido ao fim de semana”.

“Temos de ser cautelosos na apreciação destes números”, disse o secretário de Estado, durante a conferência de imprensa diária, referindo que “espera-se que leve ainda algum tempo até que comece a haver um decréscimo significativo”.

António Sales realçou ainda a necessidade de ter “atenções redobradas” na região de Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente em Loures, Odivelas, Amadora, Sintra e Lisboa. As pessoas devem ainda “identificar os contactos mais próximos de forma a quebrar as cadeias de transmissão ativas” e “continua a ser determinante, como nunca, a responsabilidade individual”.

Desde 1 de março, Portugal já realizou 936.000 testes de diagnóstico ao coronavírus e, na última semana, foram feitos, em média, 13.100 testes por dia. Os laboratórios públicos continuam a ser responsáveis por quase metade destes testes, seguindo-se os privados e os laboratórios da academia e exército. “Tem sido um longo caminho desde o primeiro caso”, referiu António Sales.

Sobre a situação nas escolas, a diretora-geral de Saúde disse que “até agora, a situação tem sido pacífica do ponto de vista de casos”. Caso se identifiquem casos isolados, “atua-se em conformidade”, disse Graça Freitas, acrescentando que “não se verificam cadeias de transmissão” e que “a retoma em meio escolar está a ser dentro do que é esperado”.

O secretário de Estado comentou ainda os acontecimentos dos últimos dias, desde manifestações a eventos, referindo que “é importante que tudo o que aconteça seja feito de acordo com as regras” da Direção-Geral de Saúde (DGS).

(Notícia atualizada às 14h00 com mais informação)