Pandemia castiga serviços. Volume de negócios acentua queda para 37,4% em abril

  • Lusa
  • 12 Junho 2020

O volume de negócios nos serviços acentuou a queda homóloga em abril, para 37,4%. Tinha diminuído 16,6% em março por causa da pandemia de coronavírus.

O índice de volume de negócios nos serviços registou uma queda homóloga de 37,4% em abril, depois de ter diminuído 16,6% no mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O INE salienta, contudo, que os dados não ajustados de sazonalidade e de efeitos de calendário apresentaram uma variação homóloga ligeiramente mais intensa em abril, apontando para uma descida de 38%, contra uma queda de 13,1% em março.

Todas as secções apresentaram descidas, sendo as três com maior peso no índice o comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos; o alojamento, restauração e similares e os transportes e armazenagem, num mês de confinamento devido à pandemia de Covid-19.

O comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos registou em abril uma descida homóloga de 32,2%, ou 32,9% em termos de dados não ajustados, face a uma quebra de 13,8% no mês anterior, sendo “a secção que mais influenciou o índice total, contribuindo negativamente com 17,9 pontos percentuais (p.p.)”.

O alojamento, restauração e similares teve o segundo contributo mais negativo (-7,9 p.p.) para o resultado agregado, devido a uma queda de 82,9% (ou 84,6%, dados não ajustados) que compara com uma descida de 49,1% em março (-51,1%, dados não ajustados).

Já os transportes e armazenagem registaram um recuo de 46,1% em abril (-45,8%, dados não ajustados), face a uma quebra de 16,7% no mês anterior (-13,1%, dados não ajustados), “contribuindo com -6,3 p.p. para a variação o índice total”.

Em termos mensais, o índice de volume de negócios baixou 25,4% (queda mensal de 16,9% no mês anterior). O índice de emprego nos serviços registou uma contração homóloga de 6,4% em abril, mais intensa em 6,1 p.p. do que a observada em março. Em termos homólogos, o índice de remunerações efetivamente pagas passou de 1,6% em março para uma queda de 10,7% no período em análise.

O índice de volume de trabalho, medido pelas horas trabalhadas, ajustado dos efeitos de calendário, caiu, por sua vez, 27,2% (quebra de 4,9% no mês anterior) em termos homólogos. Os índices de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços têm por objetivo mostrar a evolução do mercado de bens e serviços neste setor.

Os índices de volume de negócios e de horas trabalhadas são obtidos com base no Inquérito Mensal ao Volume de Negócios e Emprego nos Serviços, realizado essencialmente por via eletrónica, junto de unidades estatísticas selecionadas a partir das empresas sediadas no território nacional.

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