Porque é que estes 5 concelhos preocupam tanto? Num mês, têm metade dos novos casos de Covid-19

Quase um quarto do total de casos identificados no país situam-se nos concelhos de Lisboa, Sintra, Odivelas, Loures e Amadora.

Lisboa, Sintra, Odivelas, Loures e Amadora. São estes os cinco concelhos da região de Lisboa e Vale do Tejo que estão debaixo de olho pelas autoridades de saúde nacionais, por terem visto um aumento no número de casos nos últimos tempos. Num mês, metade dos novos casos identificados foram nestes locais, de acordo com os dados oficiais da Direção-Geral de Saúde.

Entre 21 de maio e 21 de junho, foram registados 9.221 novos casos no país. Desses, 85% foram na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e, olhando mais a fundo, metade foram nos cinco concelhos em causa.

Atualmente, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem 16.762 casos confirmados, o que representa 42,8% do total. Apesar de ainda não ter sido ultrapassada pelo Norte, onde se concentraram a maioria dos casos no início do surto, agora a distância que os separa não chega a 500. Isto quando, há um mês, o Norte tinha 16.540 infetados e LVT contabilizava 8.878.

Mais de metade dos casos em LVT são nestes cinco concelhos: Lisboa, Sintra, Odivelas, Loures e Amadora. Juntos, já têm, no total, 9.320 casos identificados, o que representa quase um quarto de todas as infeções por Covid-19 em Portugal. Apesar de ser o concelho de Lisboa que concentra mais casos (3.135), foi a Amadora que registou a maior taxa de crescimento num mês, de 138%, contando agora com 1.428 infeções.

Maio foi o mês em que arrancou o plano de desconfinamento no país, que foi dividido por várias fases. Ao longo do mês foram sendo noticiados vário surtos, nomeadamente na região de LVT, o que chegou mesmo a motivar um adiamento do levantamento das medidas de restrição e alertas para o agravamento da situação. Mais recentemente, têm sido reportadas várias festas e ajuntamentos acima dos limites permitidos, que se podem tornar novos focos de infeção.

O Presidente da República admitiu, este domingo, que pode haver “necessidade de tomar medidas mais duras” quanto a estes ajuntamentos, apontando que, “se houver casos pontuais, específicos, em que haja necessidade de tomar medidas para determinadas localidades ou freguesias ou áreas de freguesia”, tal será feito. Já o primeiro-ministro disse que poderia ser criado um “quadro punitivo para organizadores e participantes” nesses eventos, reiterando que “as autoridades vão ter de tomar medidas”.

Perante a situação que se verifica, foi agendada uma reunião, para esta segunda-feira, de forma a decidir o que fazer com o aumento de casos na Área Metropolitana de Lisboa. O primeiro-ministro vai reunir com os autarcas dos concelhos mais afetados, num encontro que contará também com a presença da ministra da Saúde e do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que é também responsável pela gestão da crise gerada pela Covid-19 na região de LVT.

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