Ameaça de segunda vaga pressiona bolsas. Energia e BCP arrastam Lisboa
A possibilidade de a segunda vaga da pandemia estar já aí assusta os investidores. Em Lisboa, o PSI-20 perdeu 1,75%, com destaque para o tombo na ordem dos 3% do BCP e da EDP Renováveis.
Os receios em torno de uma eventual segunda vaga da pandemia está a colocar as bolsas sobre pressão. E Lisboa não escapou à pressão vendedora que se assistiu esta quarta-feira nas praças bolsistas europeias. O PSI-20 desvalorizou mais de 1,5%, com o grosso dos seus títulos no vermelho, mas com o setor da energia e o BCP a serem o principal motor das perdas.
O PSI-20 recuou 1,75%, para os 4.371,92 pontos, com apenas uma das 18 cotadas que o compõem a conhecer ganhos: a REN que somou 0,21%.
O índice bolsista lisboeta acompanhou o sentimento negativo que marcou também a negociação dos pares europeus. No caso do Stoxx 600 — índice que agrega as 600 principais capitalizações bolsistas do Velho Continente — derrapou 2,61%.
Por Lisboa, o BCP liderou as perdas com as suas ações a derraparem 3,57% para os 11,08 cêntimos. Trata-se do pior registo diário para o título desde a sessão de 11 junho, dia em que tombou quase 6%.
Mas a sessão bolsista nacional foi marcada ainda pelo recuo da quase totalidade dos títulos do setor da energia. A EDP Renováveis sobressaiu também com um deslize de 3%, para os 11,64 euros, enquanto a casa-mãe EDP perdeu 1,81%, para os 4,121 euros por ação.
Também a Galp Energia sofreu um tomo de perto de 3%. As suas ações desvalorizaram 2,71%, para os 10,58 euros, acompanhando o mergulho das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de brent cai 6,87%, para os 39,70 dólares no mercado londrino. Já o crude cai 7,03%, para os 37,53 dólares, no mercado de Nova Iorque.
Fora do PSI-20 destaque ainda para a Ores, que no dia em que se estreou em bolsa não negociou. A sociedade de investimento e gestão imobiliária (SIGI) Ores Portugal, que resulta de uma parceria criada pelo Bankinter e pela Sonae Sierra em novembro do ano passado, entrou para a bolsa de Lisboa com um preço inicial de quatro euros por cada uma das 12,55 milhões ações. Nas duas vezes ao dia, às 10h30 e às 15h30, o título nunca foi chamado à negociação.
(Notícia atualizada às 17h03)
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