AIE revê em alta procura de petróleo para este ano

  • Lusa
  • 10 Julho 2020

Revisão surge porque a queda da procura no segundo trimestre foi menor do que o esperado. Ainda assim a AIE sublinha que todas as previsões são cobertas por uma sombra de incerteza.

A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em alta as previsões para a procura global de petróleo este ano, especialmente porque a queda verificada no segundo trimestre é menor do que o esperado.

Mas no relatório mensal sobre o mercado petrolífero publicado esta sexta-feira, a AIE sublinha que todas as previsões são cobertas por uma sombra de incerteza, tendo em conta o forte crescimento dos casos de covid-19 em algumas regiões, particularmente na América do Norte e na América Latina.

Uma mensagem de aviso de que a pandemia não está sob controlo e que existe o risco de que as projeções atuais tenham de ser revistas em baixa.

Os autores do estudo estimam que o mercado global irá absorver uma média de 92,1 milhões de barris de petróleo por dia este ano, ou seja, menos 7,9 milhões de barris do que em 2019, mas também mais 400.000 barris do que tinham estimado em junho.

A principal razão para isto é que a procura no segundo trimestre foi de 82,9 milhões de barris por dia, com uma queda de 16,5 milhões de barris em comparação com o mesmo período do ano passado, que no entanto foi 1,5 milhões de barris superior à previsão feita há apenas um mês.

Para o segundo semestre deste ano, a agência prevê um declínio homólogo de 5,1 milhões de barris e para 2021 um aumento homólogo de 5,8 milhões para 97,4 milhões de barris por dia.

Isso significa que no próximo ano a procura ainda ficará 2,6 milhões de barris por dia abaixo do nível de 2019, sendo que três quartos desta diferença serão devido ao querosene, o combustível para aviões, porque o tráfego aéreo continuará a ser muito baixo.

Do lado da oferta, a produção caiu em junho em 13,7 milhões de barris, devido a duas razões principais, a primeira é que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus parceiros estão mais do que a cumprir os seus compromissos de redução (para 108%), tendo a Arábia Saudita reduzido a produção em um milhão de barris por dia acima do acordado.

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