Portugueses desenvolvem sistema de automação para tornar fábricas flexíveis

Chama-se Scalable 4.0 e é um projeto liderado por portugueses que pretende desenvolver sistemas de automatização "escaláveis e flexíveis" para as fábricas. Foi financiado em 4 milhões de euros pela UE

Quatro entidades portuguesas desenvolveram um projeto que pretende desenvolver sistemas de automatização “escaláveis e flexíveis”, que permitem a otimização e manutenção de linhas de produção das fábricas. Chama-se Scalable 4.0 e foi financiado em quatro milhões de euros pelo programa da União Europeia Horizonte 2020.

“A maior parte das linhas de produção existentes nas fábricas estão subotimizadas. Isto significa que quando existe uma reconversão do que é necessário produzir, do tipo de produto e das quantidades, como aconteceu agora em muitas fábricas com a pandemia, essas linhas de produção demoram muito tempo a adaptar-se e não o fazem considerando com uma visão de conjunto da fábrica”, começa por explicar, Germano Veiga, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), citando em comunicado.

Nesse sentido, ao longo de vários meses, o projeto coordenado pelo INESC TEC conseguiu “simular visualmente toda a linha de produção e gerir as necessidades de automação de forma mais flexível”, adianta o investigador. Além disso, introduziram ainda tecnologias que permitem uma integração rápida de robôs e equipamentos de produção das fábricas.

Estas soluções foram testadas na empresa portuguesa Simoldes Plásticos e na fábrica da Peugeot-Citroën, do grupo PSA, em Trémery, França, e o impacto económico do projeto é “considerável”. Os “dois utilizadores finais conseguiram uma redução de recursos utilizados e de stock acumulado”, refere a nota de imprensa. A Simoldes, por exemplo, conseguiu “reduzir o número de operadores diretos e indiretos em 75% e 20%, respetivamente”, sendo que permitiu também reduzir “o equipamento necessário em 25%”, sublinha Vítor Resende, da Simoldes Plásticos.

Ao todo, este projeto teve um financiamento do programa europeu Horizonte 2020, no valor de quatro milhões de euros e além do INESC TEC e da Simoldes, conta ainda com a Critical Manufacturing e a Sarkkis Robotics como parceiros portugueses.

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