Apesar da pandemia, aforradores portugueses estão otimistas. Esperam ganhar 10,7% com investimentos

Schroders alerta que os investidores em Portugal "continuam a ter expectativas de rentabilidade demasiado otimistas", num ambiente de baixos juros, baixo crescimento e avaliações ajustadas.

A pandemia não deitou abaixo o otimismo dos aforradores portugueses. Os investidores no país estão entre os europeus que esperam retornos mais atrativos nos próximos cinco anos e, quanto ao impacto económico do vírus, antecipam que a recessão esteja ultrapassa em 2022, revela o Schroders Global Investor Study 2020.

Entre mais de 23 mil investidores em 32 países, a expectativa média global é de um retorno médio anual dos investimentos na ordem de 10,9%. É nos EUA que se encontram os mais otimistas, apontando para desempenhos médios de 15,4%. A nível mundial, seguem-se a Indonésia (14,8%) e a Argentina (14,6%). Do outro lado, é no Japão (6%), Suíça (7%) e Itália (7,9%) que estão os mais pessimistas.

"Não há dúvida que o impacto da Covid-19 nas economias, mercados, e nas nossas vidas, será algo a ter em conta nos próximos anos. Os investidores portugueses estão conscientes disto, porém continuam a ter expectativas de rentabilidade demasiado otimistas.”

Carla Bergareche

Country head da Schroders para Espanha e Portugal

Os investidores portugueses antecipam um crescimento de rendimentos e capital de 10,7% nos próximos cinco anos, mais do que a média europeia de 9,4%. “Não há dúvida que o impacto da Covid-19 nas economias, mercados, e nas nossas vidas, será algo a ter em conta nos próximos anos. Os investidores portugueses estão conscientes disto, porém continuam a ter expectativas de rentabilidade demasiado otimistas, especialmente neste ambiente de baixas taxas de juros, baixo crescimento e avaliações ajustadas”, diz Carla Bergareche, country head da Schroders para Espanha e Portugal, citada em comunicado.

Fonte: Schroders Global Investor Study 2020

A pandemia levou, ainda assim, muitos investidores a fazerem alterações nas carteiras de investimentos. No período de maior volatilidade do mercado de ações (entre fevereiro e março), 78% das pessoas à escala global e 72% em Portugal ajustaram o portefólio e 70% e 66%, respetivamente, alteraram o nível de risco.

“A pandemia é vista por muitos como o último cisne negro, mas agora, mais do que nunca, precisamos de focar-nos nos nossos princípios de investimento e manter o foco na diversificação a longo prazo”, sublinha Bergareche.

Questionados sobre o impacto económico da Covid-19, 6% dos investidores à escala global perspetiva que o efeito negativo venha a repercutir-se por mais de quatro anos, e apenas 21% espera que os efeitos se prolonguem além de dois anos. Em Portugal, 75% dos investidores acredita que o impacto económico durará menos de dois anos.

Fonte: Schroders Global Investor Study 2020

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